Temer diz que chapa alternativa do impeachment é ‘legítima’
Essa foi a primeira manifestação pública do vice sobre o assunto, dois dias depois de ele ter enviado uma carta-desabafo à presidente da República
Em sua primeira manifestação pública depois da carta e instantes antes de ser recebido pela presidente, Temer indicou com as mãos que o PMDB não vai deixar o governo e disse que, a despeito da crise político-econômica, o país vive em um "regime de normalidade democrática extraordinária". A avaliação do vice-presidente é de que, ao aprovar uma chapa alternativa para a comissão do impeachment, "a Câmara tomou uma deliberação no exercício legítimo de sua competência".
Carta de Temer ajudou na derrota do governo na Câmara
PMDB derruba líder anti-impeachment na Câmara
Na tramitação do processo de impeachment, o governo atribuiu a derrota no mais importante teste do impeachment à atuação do vice-presidente Michel Temer, que comanda o PMDB. Na avaliação do Palácio do Planalto, o clima de rebelião na Câmara dos Deputados piorou com o vazamento da carta escrita por Temer à presidente Dilma Rousseff.
Nos bastidores, ministros culparam Temer pelo agravamento da crise política e disseram que o gesto dele funcionou como um gatilho para que alas do PMDB e de outros partidos da base aliada se rebelassem contra Dilma. Menos de 24 horas após a divulgação da carta, o Planalto sofreu um revés na Câmara, quando o plenário aprovou uma chapa majoritariamente contrária a Dilma para a comissão especial que analisará o impeachment. À noite, porém, uma liminar do Supremo Tribunal Federal suspendeu essa decisão.
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