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Manifestantes entram em confronto com a PM em SP

Mesmo após recuo de Geraldo Alckmin, os protestos contra a reforma do ensino continuam na capital paulista. Enfrentamento teve pedras, bombas e deixou seis policiais feridos

Policiais militares entram em confronto com estudantes da rede pública durante protesto contra a reorganização de ciclos da rede estadual e fechamento de escolas pelo governo do Estado de São Paulo, na rua da Consolação, em São Paulo - 09/12/2015
Manifestantes entram em confronto com a PM durante protesto contra a reorganização da rede estadual em São Paulo, na rua da Consolação, em São Paulo - Folhapress)
Manifestantes que protestavam contra a reorganização da rede pública de ensino em São Paulo entraram em confronto com a Polícia Militar na noite desta quarta-feira, no centro da capital paulista. O grupo queimou sacos de lixo para improvisar barricadas e atirou pedras na polícia, que revidou com bombas de efeito moral. Fogos de artifício também foram lançados pelos vândalos contra o prédio da Secretaria de Educação, na Praça da República.
Segundo a PM, seis policiais ficaram feridos após serem atingidos por pedras e pedaços de madeira. Dois manifestantes foram detidos: um menor de idade, que carregava uma mochila com pedras, e outra pessoa ainda não identificada. Por enquanto, não há informações sobre manifestantes feridos.
O protesto desta quarta reuniu cerca de 2 mil manifestantes, que se concentraram às 17h na Avenida Paulista, em um ato que começou pacífico. Por volta das 20h, o grupo seguiu para a Praça da República, onde aconteceu o enfrentamento com os policiais.
A continuidade dos protestos, mesmo após o recuo de Geraldo Alckmin, que suspendeu a reforma na última sexta-feira, e as cenas de destruição desta quarta sugerem que a causa dos estudantes foi sequestrada por grupos organizados que desejam apenas desgastar o governo tucano. Com a generosa contribuição da Polícia Militar, que mais uma vez não conseguiu evitar o confronto com os manifestantes.
Reforma - O projeto de reorganização previa o fechamento de 93 escolas pelo Estado, com o remanejamento de estudantes e a organização por ciclos. Embora o governo paulista tivesse em mãos estudos que embasassem a decisão, a comunicação da medida foi falha desde o início. Inicialmente em cidades da Grande São Paulo e depois na capital, estudantes passaram a ocupar escolas que seriam fechadas. A ação rapidamente foi transformada em uma questão política por sindicatos e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que trabalharam para inflar os protestos. Com a força das manifestações, os grupos passaram a organizar protestos nas ruas. E não faltaram cenas de truculência na ação da PM na tentativa de liberar as vias ocupadas.

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