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UE e Espanha demonstram alívio com vitória do "não" na Escócia

Apesar da derrota da causa separatista, catalães ainda pretendem desafiar governo central

A vitória do "não" no plebiscito sobre a independência da Escócia não foi comemorada só em Londres. Tanto a Comissão Europeia quanto o governo da Espanha demonstraram publicamente satisfação e alívio com o resultado, que preservou a unidade do Reino Unido.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou nesta sexta-feira que o resultado do referendo da Escócia contrário à sua independência do Reino Unido é "bom" e favorece uma "Europa mais unida e forte". "Dou as boas-vindas à decisão do povo escocês de manter sua unidade com o Reino Unido", disse Barroso.
Já o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, felicitou os escoceses pelo resultado do referendo que, segundo ele, evitou as "graves consequências" que a independência poderia ter causado. O governo espanhol acompanhou com interesse a votação por temer que a eventual independência da Escócia pudesse dar impulso aos separatistas do seu próprio território, especialmente os da região da Catalunha.
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Segundo Rajoy, o caminho escolhido pelos escoceses foi "a opção mais favorável para todos, para si mesmos, para todos do Reino Unido e para o restante da Europa". "Os escoceses evitaram consequências econômicas, sociais e políticas graves", disse ele.
Já o líder da oposição socialista, Pedro Sánchez, não só elogiou o resultado, mas disse que era uma lição para a Espanha. "Os escoceses escolheram o autogoverno, o fortalecimento de suas instituições e de suas ligações com o Reino Unido, e essa é a leitura que deve ser feita na Espanha".
As declarações dos políticos foram divulgadas no mesmo dia em que o parlamento da Catalunha deve aprovar uma lei que permite a convocação de uma consulta popular para discutir a soberania na região. A intenção do governo catalão é realizar a consulta no dia 9 de novembro.
O chefe de Governo da Catalunha, Artur Mas, afirmou nesta sexta-feira que o exemplo do plebiscito da Escócia, apesar da derrota do "sim", é o "único caminho" para "resolver conflitos". Ele disse ainda que o processo de defesa da soberania catalã "continua" porque foi "reforçado" após a experiência da Escócia.
Ao contrário de Londres, que concordou em permitir a realização do plebiscito na Escócia, o governo espanhol se recusa a aceitar uma votação sobre a independência da Catalunha, alegando que qualquer ação desse tipo é uma violação da Constituição.
(Com agências EFE e Reuters)

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