Obama sobre o EI: 'a única língua que assassinos entendem é a força'
Enquanto Dilma condena intervenções militares para resolver conflitos, americano defende ataques contra jihadistas que avançam no Iraque e na Síria
O presidente Barack Obama durante discurso na 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (Reuters)
Obama voltou a ressaltar que os EUA não estão sozinhos na luta contra o terror e reafirmou que não pretendem enviar tropas para o Oriente Médio. “Em vez disso, vamos apoiar os iraquianos e os sírios a lutarem para retomar suas comunidades”. O democrata fez questão de enfatizar que o atual embate “não se trata de um choque de civilazações” e afirmou que “o futuro da humanidade depende de nós nos unirmos contra aqueles que querem nos dividir usando desculpas como tribos, crenças; raça ou religião”. O presidente americano também afirmou que o verdadeiro ensinamento do Islã é a paz e pediu a todos os povos, “especialmente as comunidades muçulmanas”, que rejeitem a ideologia pregada por grupos como a Al Qaeda e o EI.
Sobre a crise na Ucrânia, Obama afirmou que se a Rússia seguir o caminho da paz e da diplomacia, os Estados Unidos podem retirar as sanções aplicadas contra cidadãos e empresas do país. O presidente americano afirmou que as ações da Rússia “desafiam a ordem mundial” alcançada após o fim da II Guerra Mundial. Também acusou Moscou de promover "uma visão do mundo em que o poder se sobrepõe ao direito, um mundo em que as fronteiras de uma nação podem ser redesenhadas por outra, e as pessoas civilizadas não podem ser autorizadas a recuperar os restos mortais de seus entes queridos”. O Kremlin já anexou ilegalmente a Crimeia, península no sul da Ucrânia e apoia grupos separatistas no leste do país, onde um avião foi abatido por um míssil, deixando quase 300 mortos.
Acordo nuclear – No trecho do seu discurso em que mencionou a questão nuclear, Obama acenou com um futuro livre de armas atômicas e enviou uma mensagem direta para “o Irã e os iranianos”, afirmando que eles não podem deixar passar essa “oportunidade histórica” para um acordo. “Nós podemos chegar a uma solução que atenda às suas necessidades [do Irã] de energia garantindo ao mundo que seu programa nuclear é pacífico”. Nesta semana, o regime iraniano defendeu o fim das sanções contra Teerã em troca da cooperação do país na luta contra o terrorismo.
Finalmente, sobre o surto de ebola na África, o presidente americano pediu que muito mais países assumam compromissos concretos para combater a doença. Fazendo um mea culpa, Obama admitiu que os países ricos “não investiram adequadamente na capacidade da saúde pública dos países em desenvolvimento”.
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