Pular para o conteúdo principal

Em comício em SP, Lula volta a atacar a imprensa

PT tenta impulsionar a candidatura de Dilma Rousseff e de Alexandre Padilha no Estado de São Paulo, onde a legenda tem os maiores índices de rejeição

 
Após a edição de VEJA desta semana revelar que a campanha de Dilma Rousseff pediu dinheiro ao esquema do "petrolão" em 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou a imprensa durante comício realizado na noite desta segunda-feira no bairro do Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. Ao lado de Dilma e do candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha, o petista voltou a dizer que o partido é "perseguido". "Neste país, a imprensa sempre foi conservadora, mas houve um tempo em que a gente conversava mais com os jornais. Hoje, eles são terceirizados e prepostos. Eu quero que você compreenda por que existe tanta bronca e perseguição contra o PT", disse Lula, dirigindo-se à Dilma.

Leia também:
Mercado vê em Dilma maior ameaça do que no início da campanha
Aécio acusa Dilma de tirar emprego de região pobre de Minas Gerais

A seis dias das eleições, o ex-presidente conclamou a militância a vestir a "camisa do PT" e "ir às ruas". O intuito do evento de campanha era alavancar as candidaturas de Dilma e Padilha em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Na última pesquisa Datafolha, a candidata petista aparece sete pontos atrás da adversária do PSB, Marina Silva, no Estado. Já Padilha não conseguiu alcançar dois dígitos no levantamento desde o início da corrida eleitoral.

Além da imprensa, Lula também concentrou ataques ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), que lidera as pesquisas ao Palácio dos Bandeirantes com folga. "A minha pergunta é: se a situação está tão ruim por que tem gente que vota no Alckmin ainda? Por ser o mais rico da federação, esse Estado deveria tratar melhor o seu povo", disse Lula, abraçado a Padilha.

Na sua vez de falar, a presidente-candidata Dilma Rousseff reiterou as críticas ao tucano e disse que foi o governo federal quem financiou as obras propagandeadas pela campanha do governador. "Muita coisa aqui em São Paulo que passa como feita pelo governo do Estado não é verdade. Foi feita com dinheiro do governo federal. Metrô, Monotriho, Rodoanel e outras várias obras foram feitas com o nosso dinheiro", disse a petista. Última a falar e com a voz rouca, Dilma fez um discurso menor do que o do seu adrinho político e para menos gente – parte dos militantes havia ido embora logo depois da fala de Lula.

Em VEJA: Campanha de Dilma em 2010 pediu dinheiro ao esquema do 'petrolão'

Escanteado no início da campanha de Padilha e Dilma por causa da alta taxa de rejeição, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad também subiu ao palanque para fazer propaganda do seu próprio governo. Falou da inauguração de uma faixa exclusiva de ônibus no bairro de M’Boi Mirim e da construção de um hospital em Parelheiros. Antes dele, Padilha afirmou que iria fazer a “maior virada” nas eleições e que estava com "muita vontade" de ir para o 2º turno. Durante a sua fala, houve um princípio de tumulto na plateia. Militantes petistas derrubaram grades de contenção para se aproximar do palco.

Além deles, compareceram ao evento o candidato do PT ao Senado, Eduardo Suplicy, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, e o presidente estadual do partido, Emídio de Souza.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p