ONU aprova resolução contra extremistas estrangeiros
Em votação unânime, Conselho de Segurança pede a membros da ONU que adotem medidas contra pessoas que tentem apoiar grupos terroristas
O Conselho de Segurança da ONU
Entre as medidas mencionadas estão evitar e eliminar o recrutamento, a organização, o transporte e o fornecimento de equipamentos aos jihadistas, além de pôr fim ao financiamento de viagens e atividades desses indivíduos. A ONU também cobra a adoção de uma legislação que permita processar criminalmente cidadãos que deixem o país com o propósito de realizar atividades terroristas e pede que os países evitem a entrada e o trânsito de pessoas suspeitas de envolvimento com atividades terroristas.
A resolução também apela aos membros para que compartilhem informações sobre suspeitos de terrorismo e exijam das companhias aéreas dados sobre passageiros para identificar ameaças em potencial. Recentemente, a Grã-Bretanha adotou medidas para impedir a livre circulação de suspeitos de envolvimento com grupos terroristas.
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A reunião do Conselho foi presidida por Barack Obama, que voltou a pedir esforços globais para destruir a "rede de morte" representada pelo Estado Islâmico. “Nossas agências de inteligência estimam que mais de 15.000 combatentes estrangeiros de mais de oitenta nações viajaram para a Síria nos últimos anos. Muitos se uniram a organizações como afiliadas da Al Qaeda, a Frente Nusra e o Estado Islâmico, que agora ameaça povos na Síria e no Iraque”, destacou.
Obama comemorou a aprovação do documento, mas disse que é preciso fazer mais. "A resolução não é o suficiente. Promessas no papel não podem nos manter seguros. Retórica rebuscada e boas intenções não vão deter um só ataque terrorista. As palavras ditas aqui precisam ser traduzidas em ação".
Sanções – Também nesta quarta, o Departamento do Tesouro americano impôs sanções a oito pessoas que ajudaram financeiramente ou facilitaram ações de combatentes estrangeiros que se uniram ao Estado Islâmico ou à Frente Nursa, facções que foram alvo de recentes ataques militares dos EUA.
Os indivíduos foram classificados como "terroristas globais" e excluídos do sistema bancário americano. Seus ativos nos Estados Unidos foram congelados. As sanções também atingiram três pessoas e uma instituição de caridade que o governo americano diz terem apoiado o grupo Jemaah Islamiya, ligado à Al Qaeda no sudeste asiático, acusado de bombardear uma casa noturna em Bali em 2002, causando a morte de mais de 200 pessoas.
Entre os financiadores da Frente Nursa, três são de países aliados (Turquia, Jordânia e Kuwait), de acordo com o Tesouro. A Frente Nursa, facção que tenta derrubar o regime de Bashar Assad na Síria, está trabalhando em uma parceria com o Khorasan, célula da Al Qaeda bombardeada pelos EUA na segunda-feira, informaram autoridades americanas.
(Com Estadão Conteúdo)
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