Pular para o conteúdo principal

Corte americana declara Argentina em desacato – e Cristina 'chia'

O juiz Thomas Griesa considerou que a Argentina ignorou uma decisão que obriga o país a pagar 1,3 bilhão de dólares a fundos de investimento

Cristina Kirchner: Argentina prossegue em litígio com fundos americanos
Cristina Kirchner: Argentina prossegue em litígio com fundos americanos Reuters
O governo da Argentina disse nesta segunda-feira que a decisão do juiz americano Thomas Griesa de declarar o país em desacato viola o direito internacional, e reiterou o pedido ao governo dos Estados Unidos para que o litígio com os fundos especulativos seja solucionado na Corte de Haia.
"A decisão do juiz municipal Thomas Griesa de declarar em desacato a República Argentina é violatória do direito internacional, da Carta das Nações Unidas e da Carta da Organização dos Estados Americanos", disse o Ministério das Relações Exteriores argentino em comunicado.
Thomas Griesa declarou, nesta segunda, a Argentina em desacato por ignorar uma decisão que obriga o país a pagar a fundos de investimento 1,3 bilhão de dólares, mais juros, por títulos da dívida argentina comprados em 2001, período de moratória, e que não foram renegociados com credores. Os fundos querem receber valor integral, enquanto a Argentina se dispõe a pagar apenas a quantia renegociada com os demais credores, que é menor que o valor cheio.
Leia também: Argentina quer controlar viagens ao exterior para evitar saída de dólares
Segundo o governo Kirchner, a decisão de Griesa "não tem nenhum efeito prático, exceto fornecer novos elementos que sirvam à difamante campanha política e midiática levada adiante pelos fundos abutres contra a Argentina".
Griesa bloqueou em junho o pagamento da dívida estruturada da Argentina, levando o país a cair em novo default no fim de julho.
Leia também:
Empresas argentinas demitem funcionários em massa 
Banco Mundial diz que 40% da população argentina pode se tornar pobre 
Argentina aprova lei que aumenta controle do Estado sobre empresas  

O juiz marcou a audiência desta segunda-feira após os fundos que estão processando a Argentina, liderados por NML Capital Ltd, Elliott Management Corp, e Aurelius Capital Management, pedirem que o país fosse declarado em desacato e recebesse multa de 50 mil dólares por cada dia que deixar de cumprir a ordem judicial.
Os fundos, que a Argentina chama de "abutres", também haviam solicitado a Griesa que impusesse "sanções não monetárias" contra a Argentina. Mas o juiz não deu mais detalhes sobre as consequências da ordem de desacato e disse que as implicações serão definidas em sessões futuras.
As multas contra um país são quase impossíveis de cumprir, uma vez que os ativos de outras nações que se encontrem dentro dos Estados Unidos normalmente são protegidos pela Lei de Imunidade Soberana Estrangeira.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Agência Brasil Augusto Aras reitera que seu compromisso é com a atuação na chefia do Ministério Público Federal Aras afirma desconforto com especulação sobre vaga no STF BRASIL O procurador-geral da República, Augusto Aras, em nota, manifesta seu desconforto com a veiculação reiterada de seu nome para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Conquanto seja uma honra ser membro dessa excelsa Corte, o PGR sente-se realizado em ter atingido o ápice de sua instituição, que também exerce importante posição na estrutura do Estado. Segundo Aras, ao aceitar a nomeação para a chefia da Procuradoria-Geral da República, não teve outro propósito senão o de melhor servir à Pátria, inovar e ampliar a proteção do Ministério Público Federal e oferecer combate intransigente ao crime organizado e a atos de improbidade que causam desumana e injusta miséria ao nosso povo. O PGR considerar-se-á realizado se chegar ao final do seu mandato tão somente cônscio de haver cumprido o se...