Kerry acusa Assad de violar convenção sobre armas químicas
Secretário americano denunciou uso de gás clorídrico contra rebeldes
O secretário John Kerry
O uso de gás clorídrico é proibido pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq). O regime sírio assinou a Convenção de Armas Químicas como parte do acordo fechado em setembro do ano passado, depois que um ataque com armas químicas no subúrbio de Damasco provocou a morte de mais de 1.400 civis. O pacto negociado entre Estados Unidos e Rússia evitou uma ofensiva militar .
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O ponto principal do acordo era a destruição do arsenal químico declarado pelo regime, no qual o gás clorídrico não foi incluído. Por ser um produto amplamente usado na indústria, este gás não se enquadra na mesma categoria que o sarin, por exemplo, e só passa a ser considerado uma arma quando usado como tal. Se inalado, o gás clorídrico se transforma em ácido hidroclorídrico nos pulmões, o que provoca queimaduras internas e a formação de água nos órgãos, podendo levar ao afogamento.
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As acusações de Kerry foram levantadas poucas semanas depois da divulgação de um relatório da Opaq apontando o uso sistemático de agentes químicos no país. Um dos ataques mencionados ocorreu a segunda quinzena de abril no vilarejo de Kfar Zeita, 200 quilômetros ao norte de Damasco, e atualmente em poder dos rebeldes. Vídeos publicados na internet mostraram pessoas sufocadas e recebendo oxigênio após o ataque.
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A Síria continua a ser fonte de preocupação para os Estados Unidos, que estão perto de iniciar ataques aéreos contra terroristas do Estado Islâmico (EI) no território sírio. O plano americano contra os jihadistas também envolve ajuda a grupos rebeldes sírios tidos como moderados.
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