Terror do EI provoca fuga em massa de 130 mil curdos
Diante de avanço dos jihadistas na Síria, refugiados buscam abrigo na Turquia
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Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a maior parte dos curdos que chegam à Turquia é formada por mulheres e crianças. De acordo com o órgão, apenas dois dos nove postos de fronteira na Turquia continuam abertos para receber o enorme fluxo de refugiados. Antes da chegada dos 130.000 curdos nos últimos dias, a Turquia já havia recebido mais de um milhão de sírios desde o início da guerra civil, em 2011, e os novos refugiados estão sendo alocados em escolas e abrigos já completamente lotados. Apesar disso, o vice-primeiro-ministro da Turquia, Numan Kurtulmus, afirmou que o país espera ainda mais refugiados, já que cerca de 450.000 pessoas vivem na região de Koban.
No domingo, tropas turcas entraram em confronto com manifestantes que prestavam solidariedade aos curdos perto da fronteira com a Síria. As forças de segurança usaram canhões de água e gás lacrimogêneo para reprimir o protesto. Ninguém se feriu com gravidade. Segundo a BBC, as tropas também tentavam impedir que turcos de origem curda entrassem no território sírio para lutar contra o Estado Islâmico.
Avanço – A tomada de Koban permitirá ao grupo jihadista controlar sem descontinuidade uma ampla região da fronteira Síria-Turquia. Com 35.000 homens recrutados em vários países, muitos deles ocidentais, o grupo sunita extremista continua conquistando regiões na Síria e no Iraque, apesar do anúncio do governo dos Estados Unidos de que pretende destruir o EI com uma ampla coalizão internacional.
O grupo jihadista já ocupa quase sessenta localidades na região de Koban e estão, em alguns pontos, a cerca de dez quilômetros da cidade. Se conseguirem tomar o enclave, poderão em seguida iniciar uma ofensiva contra as regiões de fronteira mais ao leste no território curdo, como Qamichli.
Decapitações – Refugiados contaram à AFP que os jihadistas bombardearam e destruíram casas. Além disso, decapitaram os moradores que permaneceram nas áreas ocupadas. Milhares de pessoas, incluindo idosos, crianças e mulheres, foram obrigadas a fugir com seus pertences e seguiram para o posto de fronteira de Mursitpinar, sul da Turquia.
(Com agência France-Presse)
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