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Presidente e executivos da Usiminas são destituídos

Decisão foi motivada por controvérsia entre Ternium e Nippon, controladoras da empresa, sobre as regras aplicáveis à definição da diretoria

Julián Eguren, diretor-presidente da Usiminas, foi destituído do cargo
Julián Eguren, diretor-presidente da Usiminas, foi destituído do cargo
(atualizada às 14h)
O diretor-presidente (CEO) e outros dois diretores-executivos da Usiminas foram destituídos de seus cargos nesta sexta-feira. A decisão foi tomada por cinco membros do Conselho de Administração da companhia. Em comunicado, a Ternium, uma das controladoras da siderúrgica, informou que a destituição do presidente (Julián Eguren), do vice-presidente de subsidiárias (Paolo Bassetti), e do vice-presidente industrial (Marcelo Charas), foi definida por uma votação de 5 votos a favor e 5 contra. O empate foi resolvido pelo voto de minerva do presidente do Conselho de Administração, Paulo Penido Marques, que representa os interesses da japonesa Nippon Steel, outra acionista da Usiminas.
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A decisão foi motivada por uma controvéria em relação às regras aplicáveis à definição da diretoria executiva da siderúrgica. A Ternium acredita que os votos dos conselheiros apontados pela Nippon foram computados em violação ao acordo de acionistas, que prevê consenso entre as partes. A Nippon é composta pela Nippon Steel, Mitsubishi e Metal One. Segundo fontes do mercado, há pelo menos um ano que a Nippon briga pelo controle da gestão da Usiminas. O grupo japonês detém 29,45% das ações do grupo, enquanto a Ternium tem outros 27,66% dos papéis.
Eguren havia sido indicado à presidência da Usiminas em janeiro de 2012 e, desde então, vinha promovendo uma série de medidas de ganho de produtividade e eficiência para recuperar resultados da companhia, em meio a uma crise de sobreoferta no mercado global de aço que já dura vários anos.
Após a destituição dos executivos, a posição do diretor-presidente da Usiminas foi ocupada, em caráter temporário, por Rômel Erwin de Souza, atual vice-presidente de Tecnologia da Usiminas. Será assim até que o grupo de controle - composto pela Ternium, Siderar, Confab, Nippon e Sumitomo - entre em acordo. Rômel foi eleito com os mesmos votos da decisão da destituição da atual diretoria.
Com o resultado da votação, o Grupo Nippon passou a acumular a gestão da Usiminas e a presidência do conselho da empresa. Erwin de Souza também vai assumir a diretoria antes comandada por Chara provisoriamente. O vice-presidente financeiro e indicação da Nippon, Ronald Seckelmann, vai acumular o posto comandado anteriormente por Bassetti, também temporariamente.
A Ternium afirmou que "discorda veementemente da destituição dos três membros da diretoria executiva da Usiminas, bem como da indicação de seus substitutos, ainda que provisórios". A companhia afirmou que vai processar o Grupo Nippon por quebra de acordo de acionistas.
Mercado -  Em nota, o BTG Pactual afirmou que a demissão dos executivos da Usiminas é negativo para a empresa, porque levanta dúvidas sobre o relacionamento entre Nippon e Ternium. "Desde a cara entrada pela Ternium na Usiminas (a 36 reais por ação), investidores têm se mostrado preocupados com a governança corporativa e conflitos de interesse entre controladores e minoritários", afirmaram analistas do banco.
Analistas do Bradesco BBI também afirmaram que a briga dos acionistas é negativa para a Usiminas, "especialmente em um momento em que a empresa enfrenta deterioração de resultados do segundo semestre".
(Com Reuters)

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