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Bélgica julga membros de grupo terrorista, incluindo filho de brasileira

Brian de Mulder, filho da carioca Ozana Rodrigues Viana, é um dos 46 membros da Sharia para a Bélgica a serem julgados. Organização envia jovens para integrar fileiras do jihadismo na Síria

Terroristas do grupo Sharia para a Bélgica, responsável por recrutar jovens para o Estado Islâmico, são julgados na Antuérpia
Terroristas do grupo Sharia para a Bélgica, responsável por recrutar jovens para o Estado Islâmico, são julgados na Antuérpia (/AFP)
A Bélgica iniciou nesta segunda-feira o julgamento de 46 membros do Sharia para a Bélgica, grupo terrorista acusado de enviar dezenas de jovens para integrar as fileiras do jihadismo na Síria. Entre eles Brian de Mulder, nascido na Bélgica e filho da brasileira Ozana Rodrigues Viana. A mãe do jovem de 21 anos compareceu à audiência junto com a filha, Bruna Rodrigues, de 26 anos de idade.
“Meu irmão estava todo dia com Fouad Belkacem”, disse Bruna, em declaração reproduzida pelo Wall Street Journal. “Antes de ele se tornar um muçulmano, ele não era um radical. Depois de começar a ter contato com essas pessoas, ele foi ficando pior a cada dia”. “Eu quero perguntar a Belkacem: Onde está meu filho? Ele pegou meu filho, para ir para o inferno na Síria”, afirmou Ozana.
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Atualmente, Brian, que se identifica como Abu Qassem Brazili (“brasileiro”, em árabe), é um dos mais conhecidos membros do Estado Islâmico. Na internet há fotos dele armado na Síria – para o desespero da mãe. Brian disse a ela que as imagens eram somente parte de uma encenação e que ele, na realidade, estava cuidando de feridos e descascando batatas na cozinha. "Isso me tranquilizou. Não suportaria saber que meu filho está tirando a vida de outros e que ninguém fez nada para impedir isso. Prefiro acreditar nele", disse, em entrevista à VEJA. Nos últimos dois anos, eles só se falaram três vezes. “Não sabemos se ele está vivo ou morto”, repetiu Ozana nesta segunda-feira, na Antuérpia.
A organização Sharia para a Bélgica, fundada na Antuérpia, ajudou a transformar a Bélgica em um polo de envio de combatentes para a Síria. As autoridades acreditam que até 400 belgas deixaram o país em direção ao Oriente Médio. Destes, aproximadamente 10% teriam ligações com o grupo belga.
Dos envolvidos no processo, apenas oito compareceram ao tribunal. Os demais, acredita-se, estão na Síria, ou já morreram. Entre os que se apresentaram na Antuérpia está Belkacem, chefe e porta-voz do grupo. Entre as acusações que recaem sobre o terrorista está a de realizar um ataque contra uma delegacia em Bruxelas. Durante a audiência, ele sorriu algumas vezes e sussurrou para outros réus enquanto os promotores liam as acusações, descreveu o WSJ. (Continue lendo o texto)

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