Polícia inglesa prende mais duas pessoas ligadas a extremistas
Os detidos são suspeitos de apoiarem um grupo que defende a implantação de um califado global. Parlamento deve aprovar hoje ataques aéreos no Iraque
De acordo com um comunicado, as detenções são parte de "uma investigação sobre terrorismo islâmico e não são a resposta a nenhuma ameaça imediata". Na mesma operação, a polícia prendeu na quinta-feira um clérigo islâmico e outras oito pessoas por ligação com uma organização extremista. Os detidos são suspeitos de pertencer ou apoiar uma organização ilegal, Al Muhajirun, fundada pelo clérigo Anjem Chudary, também preso, e de estimular atos terroristas.
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O grupo Al Muhajirun tem como objetivo derrubar o governo britânico e contribuir para a implantação de um califado mundial, segundo o Centro para o Estudo da Radicalização e a Violência Política, que tem sede em Londres. A operação coincide com a votação, nesta sexta-feira no Parlamento, da proposta do governo britânico de participar na ofensiva aérea americana contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque. A proposta, que deve ser aprovada, permitirá a Força Aérea britânica a participar dos bombardeios contra os jihadistas no Iraque. O projeto também prevê o veto ao envio de tropas de infantaria e afirma que o governo voltaria a solicitar a permissão do Parlamento se desejar ampliar os bombardeios à Síria, o outro país em que o EI opera.
Luta de anos – O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou nesta sexta que a campanha militar contra o Estado Islâmico (EI) vai ser longa. "Esta será uma missão que vai durar não apenas meses, mas anos, mas eu acredito que temos que estar preparados para este compromisso", disse Cameron no Parlamento. "Se esta ameaça não for enfrentada agora, acabaremos enfrentando um califado às margens do Mediterrâneo, na fronteira com um membro da Otan, Turquia, e com uma determinação declarada e provada de atacar nosso país e nossa população".
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Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional que tenta enfraquecer a organização extremista com bombardeios aéreos. O Iraque solicitou a vários governos estrangeiros a ajuda, ao contrário da Síria, o que provoca as dúvidas britânicas a respeito de ampliar a campanha ao país vizinho. "Se permitirmos ao Estado Islâmico crescer e propagar-se, a ameaça será maior", finalizou Cameron.
(Com agências France-Presse e Reuters)
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