Pular para o conteúdo principal

Moro envia ao STF conversas interceptadas pela Lava Jato

Grampos nos telefones ligados a Lula captaram diálogos de políticos com foro privilegiado

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo julgamento das ações em torno da Lava Jato, é um dos palestrantes desta sexta-feira do 10º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)
O juiz federal Sergio Moro enviou grampos ao STF(Folhapress)
O juiz federal Sergio Moro enviou nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) os grampos feitos pela Operação Lava Jato em conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na decisão, Moro entendeu que a parte da investigação em que políticos com foro privilegiado foram grampeados fortuitamente deve ser analisada pelo STF.
Embora Lula não tenha foro - pelo menos enquanto sua nomeação para a Casa Civil continuar barrada -, diversas autoridades com foro privilegiado aparecem como interlocutoras nas conversas interceptadas pela força-tarefa, como a presidente Dilma Rousseff, os ministros Jaques Wagner e Nelson Barbosa e o senador Lindberg Farias.
LEIA TAMBÉM:
Dilma pede ao STF suspensão de decisão de Mendes
Da obstrução ao 'desespero': os grampos de Lula
"Como fortuitamente foram colhidos diálogos com interlocutores ocupantes de cargos com foro privilegiado, é o caso de, independentemente da situação jurídica do ex-presidente, ainda assim remeter ao Egrégio Supremo Tribunal Federal para eventuais medidas cabíveis", explicou o juiz.
Com base na decisão proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, que determinou, na sexta-feira, que Lula continue sendo investigado pela Justiça Federal em Curitiba, Moro decidiu que a parte da investigação em que pessoas com foro não aparecem deve continuar com ele.
(Com Agência Brasil)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular