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Cunha apresenta defesa no Conselho de Ética da Câmara

Documento de mais de sessenta páginas foi entregue no último dia do prazo

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante eleição da comissão que irá analisar o processo de impeachment de Dilma Rousseff, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (17)
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (AFP)
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentou, no início da noite desta segunda-feira, no Conselho de Ética da Casa, sua defesa das acusações de quebra de decoro parlamentar. Com mais de 60 páginas e cinco anexos contendo notas taquigráficas e documentos, a defesa de Cunha foi protocolada no conselho pelo advogado Marcelo Nobre, que defende o parlamentar no processo.
Hoje era o último dia do prazo de dez sessões para o deputado apresentar a defesa, que só foi entregue às 18h14. A partir desta terça-feira começa a correr o prazo de 40 dias úteis para a instrução probatória, período em que serão ouvidas testemunhas de defesa de Cunha e as indicadas pelo relator do processo, Marcos Rogério (PDT-RO). O Conselho de Ética fará nesta terça, a partir das 9h30, a primeira reunião após o recebimento do documento.
A defesa de Cunha foi entregue por seus advogados nesta noite, mas ainda não foi divulgada por seus advogados nem pelo Conselho de Ética. A assessoria do colegiado aguarda a chegada a Brasília do presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), que decidirá se dará publicidade ou não à defesa.
Acusação - Eduardo Cunha responde a processo, que pode levar à cassação de seu mandato, sob a acusação de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em março do ano passado, quando disse que não tinha contas no exterior. Posteriormente, documentos do Ministério Público da Suíça revelaram a existência de contas ligadas a ele naquele país. Cunha nega ser dono das contas, mas admite ser o "usufrutuário" dos ativos mantidos no exterior.
A representação contra Cunha foi apresentada pelo PSOL e pela Rede. Depois de muitas manobras atribuídas à defesa do parlamentar, o Conselho de Ética aprovou por 11 votos a 10 o parecer preliminar pela abertura do processo de investigação, no dia 2 de março.
(Com Agência Brasil)

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