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Dilma se reúne com ministros nesta segunda-feira para analisar impacto das manifestações

Milhões de brasileiros saíram às ruas neste domingo contra o atual governo no maior protesto da história brasileira

A presidente Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff(Evaristo Sa/AFP)
Um dia após a maior manifestação popular da história do país, a presidente Dilma Rousseff, pressionada para deixar o cargo, comanda na manhã desta segunda-feira uma reunião de coordenação política para tentar traçar uma estratégia de resposta aos protestos.
Participarão do encontro os ministros José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); Edinho Silva (Comunicação Social); Jaques Wagner (Casa Civil); Gilberto Kassab (Cidades); André Figueiredo (Comunicações); Antônio Carlos Rodrigues (Transportes); Marcelo Castro (Saúde) e Carlos Vieira, ministro interino da Integração Nacional. Além deles, estarão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães, e o Congresso Nacional, José Pimentel.
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Neste domingo, milhões de brasileiros foram às ruas, em pelo menos 239 cidades nas cinco regiões, pedir a saída da petista Dilma Rousseff da Presidência da República. Os protestos também tiveram como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fundador e principal líder do PT, investigado pela Operação Lava Jato e pelo Ministério Público de São Paulo.
Os manifestantes se dividiram entre o apoio ao impeachment de Dilma, em tramitação na Câmara dos Deputados, a cassação do mandato pela Justiça, sob análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a pressão pela renúncia da petista do cargo que ela ocupa desde janeiro de 2011 e para o qual foi reeleita em 2014, com 51,64% dos votos no segundo turno.
Após a reunião de coordenação, Dilma vai encontrar a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que é do PMDB. O partido, maior base de sustentação do governo, realizou convenção nacional no sábado e, em um primeiro sinal de rompimento com o governo Dilma, aprovou uma moção que impede que membros do partido assumam novos cargos no governo pelos próximos trinta dias. A proibição vale até o diretório nacional tomar uma decisão definitiva sobre o desembarque ou não da gestão da petista.
Com isso, o deputado Mauro Lopes (MG) fica impedido de assumir a Secretaria de Aviação Civil nesta semana. O ministério havia sido prometido ao PMDB de Minas Gerais em troca do apoio à recondução do Leonardo Picciani (RJ), aliado do governo Dilma, à liderança do partido na Câmara.
(Com Estadão Conteúdo)

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