Pular para o conteúdo principal

Jaques Wagner: relação com Temer fica 'interditada'

Escalado pelo Planalto para comentar rompimento do PMDB, ministro afirmou que redistribuição dos cargos ocupados por peemedebistas deve acontecer até sexta-feira

Jaques Wagner, ministro-chefe do Gabinete da Presidência
Jaques Wagner, ministro-chefe do Gabinete da Presidência, fala sobre saída do PMDB do governo(AFP)
O Planalto escalou o ministro-chefe do Gabinete da Presidência Jaques Wagner para falar nesta terça-feira sobre o rompimento do PMDB com o governo. Para o ministro, o desembarque deixa a relação entre a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer "interditada". "(Será) uma relação educada. Mas politicamente interditada", afirmou.
Sem citar o vice, Wagner questionou a legitimidade de um governo do peemedebista, que assume o poder em caso de impeachment de Dilma. "Se alguém com 54 milhões de votos já tem dificuldade, alguém que não tem pode ter ainda mais dificuldade." O ministro ainda ironizou a rapidez do encontro do partido de Temer, que durou menos de quatro minutos: "Eu não sei o que o PMDB queria, talvez um título no Guinness Book".
LEIA TAMBÉM:
PMDB deixa o governo Dilma aos gritos de 'Fora, PT'
Dilma cancela viagem aos EUA e evita que Temer assuma
Governo - Apesar da perda do apoio do maior partido do Congresso - e do temor de uma debandada na base -, o ministro afirmou que a decisão do ex-aliado "chega em uma boa hora e oferece a Dilma espaço para a repactuação do governo".
Wagner disse que o governo vai redistribuir para outros partidos da base os cargos ocupados pelo PMDB, que comandava sete ministérios, e acrescentou que os novos acertos devem acontecer até sexta-feira. "Sai um aliado de longa data, mantêm-se outros", afirmou ele.
O governo aguarda para os próximos dias os pedidos de demissão dos peemedebistas Mauro Lopes, da Aviação Civil, Hélder Barbalho, da Secretaria de Portos, e de Eduardo Braga, das Minas e Energia. Os ministros da Saúde, Marcelo Castro, da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, e da Agricultura, Kátia Abreu, pretendem ficar no governo. Jaques Wagner afirmou que nenhum dos ministros do PMDB falou com a presidente nesta terça.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...