Pular para o conteúdo principal

Mafioso italiano preso no Brasil será extraditado hoje para Itália

Ex-chefe da Camorra Napolitana Pasquale Scotti foi preso no Recife em junho do ano passado após passar 29 anos foragido no Brasil

Pasquale Scotti, líder da máfia italiana, é preso no Recife
Pasquale Scotti, líder da máfia italiana, foi preso no Recife em maio de 2015(/Reuters)
Ex-chefe da Camorra Napolitana que ficou 29 anos escondido no Brasil, o mafioso Pasquale Scotti será extraditado hoje para Itália. Depois de passar mais de dezenove meses preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, Scotti já está no aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, onde embarcará para Roma em um voo da companhia Alitalia. A segurança do avião será reforçada. Parte da classe executiva está reservado para Scotti e os policiais federais italianos que o acompanham.
A extradição de Scotti foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sem a possibilidade de recurso, desde 11 de fevereiro deste ano e foi confirmada em 29 de fevereiro após o governo brasileiro ter aceito o pedido formal do ministro da Justiça Italiana, Andrea Orlando.
Leia também:
A culpa é da máfia
PF prende mafioso italiano condenado por 20 homicídios
Scotti era um dos criminosos mais procurados na Itália. Ele é réu confesso e foi condenado em 1991 à prisão perpétua por participação em 22 homicídios qualificados. O governo italiano, no entanto, deverá assumir o compromisso de reduzir o período de reclusão para 30 anos, máximo previsto na legislação brasileira, e de subtrair o período em que Scotti ficou detido no Brasil. Os ministros do Supremo autorizaram o cumprimento de regime inicial de isolamento por dois anos e seis meses.
A história de Pasquale Scotti, 56 anos, começa em território brasileiro em 1984, após fugir da prisão hospitalar na Itália, e tem seu fim decretado após ser preso em maio de 2015 pela Interpol em uma pequena padaria no bairro de classe média baixa Sancho, zona oeste do Recife, com a identidade falsa de Francisco de Castro Visconti.
Para a esposa brasileiros e os dois filhos, Francisco era um paulistano, de filhos italianos, que após uma temporada na Itália durante a juventude, resolveu voltar ao Brasil em busca de novas oportunidades não encontradas na região de Caserna, sul da Itália, onde afirmava morar. Durante todos esses anos, foi vendedor de fogos de artifício, motorista e ajudou na construção do Porto de Suape, em Pernambuco.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular