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Defesa de Odebrecht reclama de "condições precárias" na PF

Empreiteiro já havia pedido transferência ao Complexo Médico Penal de Pinhais, mas Moro decidiu que ele não pode escolher onde ficar preso

O executivo Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato, durante depoimento à CPI da Petrobras em Curitiba, nesta terça-feira (01)
O executivo Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato.
A defesa de Marcelo Odebrecht reforçou hoje o pedido ao juiz Sergio Moro para que o empreiteiro seja transferido da superintendência da Polícia Federal em Curitiba ao Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. Os advogados Nabor Bulhões e Eduardo Sanz anexaram ao pedido um atestado médico segundo o qual Odebrecht precisa de uma dieta especial e autorização a tomar banho de sol diariamente. A defesa do empreiteiro já havia feito um pedido de transferência no final de fevereiro, negado por Moro, e outro na quinta-feira passada, ainda não apreciado pelo juiz federal.
Segundo a petição apresentada hoje, o herdeiro do Grupo Odebrecht é hipoglicêmico e "encontra-se em condições clínicas precárias, apresentando significativa perda de massa magra desde a sua transferência (2,3 kg em 10 dias) e quadro anêmico". A médica Mayanse Mitri Boulos receitou ao empresário uma dieta baseada em biscoitos integrais, torradas sem glúten, frutas secas desidratadas, queijo processado light, entre outros.
Além da "situação precária em que se encontra atualmente, com afetação de sua saúde", os advogados ressaltaram que não faz sentido que o empreiteiro continue preso na carceragem da PF, onde ele fica 23 horas por dia na cela, uma vez que a delegada federal Renata Rodrigues não pretende ouvi-lo agora sobre a Operação Acarajé, a 23ª fase da Lava Jato, e o empreiteiro só vai se manifestar sobre a nova investigação no seu julgamento.
No pedido negado pela Polícia Federal e por Moro no fim do mês passado, a defesa do empreiteiro argumentava que a superintendência da PF não possui estrutura para que Marcelo Odebrecht e seus advogados pudessem preparar a defesa do empresário na fase de alegações finais da ação penal em que é réu. O magistrado decidiu que Odebrecht não tem "direito de escolher em que estabelecimento prisional prefere ficar preso".

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