Pular para o conteúdo principal

STF autoriza abertura de 3º inquérito contra Cunha

Teori Zavascki autorizou nova investigação com base nas delações de empresários da Carioca Engenharia, que acusam o deputado de ter recebido propina no exterior

O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (Reuters)
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um terceiro inquérito para investigar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O pedido de abertura havia sido enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na semana passada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A nova solicitação tem como base as delações dos empresários da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, que acusam Cunha de ter recebido propina em contas no exterior. A suspeita é de que o parlamentar tenha recebido impressionantes 52 milhões de reais de um consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Engenharia no Porto Maravilha, projeto de revitalização da região portuária da cidade do Rio de Janeiro.
LEIA TAMBÉM:
Cunha recebe notificação do Conselho de Ética
Mulher de Cunha quer ficar londe de Sergio Moro
Para procuradores ligados ao caso, o peemedebista se valia de sua influência junto ao ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto para negociar liberações de verbas do FI-FGTS para viabilizar o projeto.
Investigações - O presidente da Câmara já é alvo de uma ação penal e uma denúncia por suspeitas de ligação com o petrolão. Na última quinta-feira, os ministros do Supremo decidiram por unanimidade colocar Cunha no banco dos réus ao aceitar a denúncia pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso em que o peemedebista é acusado de ter recebido 5 milhões de dólares em propina por contratos de compras de navios-sonda pela Petrobras.
Na sexta-feira, Janot apresentou nova denúncia contra Cunha, pela acusação de que o parlamentar e sua família usaram contas secretas na Suíça para esconder dinheiro de propina.
Cunha ainda é alvo de um pedido de afastamento do cargo formulado por Rodrigo Janot sob a alegação de que ele usaria o cargo de deputado para atrapalhar as investigações da Lava Jato.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular