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PF deflagra 26ª fase da Lava Jato e mira Odebrecht

Xepa, a ação desta terça-feira, é um desdobramento da fase que prendeu marqueteiro do PT, João Santana. Agentes cumprem 110 mandados em oito Estados e no Distrito Federal

Agentes da PF e da Receita Federal em frente ao prédio onde fica o escritório da construtora OAS na região central de São Paulo. A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira mandados de prisão e de busca e apreensão durante Operação Lava Jato - 14/11/2014
PF está nas ruas em SP e Brasília(Luiz Carlos Murauskas/Folhapress)
A Polícia Federal deflagrou na madrugada desta terça-feira a 26ª fase da Operação Lava Jato. Agentes cumprem mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Piauí e Distrito Federal. O principal alvo da ação é a empreiteira Odebrecht.
Cerca de 380 policiais federais cumprem 110 mandados: 67 de busca e apreensão, 28 de condução coercitiva, 11 de prisão temporária e 4 de prisão preventiva. A ação de hoje, batizada Xepa, é um desdobramento da 23ª fase da Lava Jato, a Operação Acarajé, que prendeu o marqueteiro do PT, João Santana, e a mulher dele, Mônica Moura. Santana aparecia em planilhas de pagamento da Odebrecht como 'Feira'.
Durante as investigações decorrentes da Acarajé, a PF detectou um esquema de contabilidade paralela da empreiteira destinado ao pagamento de propina a agentes "com vínculos diretos ou indiretos com o poder público em todas as esferas", informa a corporação. Os destinatários da propina eram indicados por altos executivos da Odebrecht.
De acordo com a PF, há indícios concretos de que a Odebrecht se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para efetuar os pagamentos ilegais. Os alvos desta operação são investigados pelos crimes de corrupção, evasão de divisas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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