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Estudantes exigem prova de que Chávez está no país

Grupo diz que pretende fazer protestos no hospital onde o coronel está internado

Imagem de Hugo Chávez na fachada do Hospital Militar Dr. Carlos Arvelo, em Caracas
Imagem de Hugo Chávez na fachada do Hospital Militar Dr. Carlos Arvelo, em Caracas                                     
Um grupo de estudantes exigiu nesta quinta-feira que o governo dê provas concretas sobre a presença de Hugo Chávez na Venezuela. Caso contrário, os estudantes afirmam que vão ao Hospital Militar na próxima segunda-feira para verificar seu estado de saúde para conferir se o coronel tem capacidade de governar. “Assim como exigimos sua volta à Venezuela, hoje exigimos que saia e mostre a cara”, disse a líder universitária Gabriela Arellano, segundo o jornal El Mundo.
Na madrugada de segunda-feira, a volta de Chávez a Caracas foi anunciada por meio de sua página no Twitter e divulgada por integrantes do governo. No entanto, nenhuma imagem do coronel foi divulgada até agora. Nesta quarta-feira, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que na véspera havia tentado se encontrar com o coronel na capital venezuelana, sem sucesso. “Não pude vê-lo, só me reuni com seus médicos e familiares”, explicou.
Nas últimas semanas, diferentes movimentos estudantis fizeram manifestações pelo país relacionadas à ausência de Chávez, que foi submetido a uma nova cirurgia para combater um câncer em 11 de dezembro, em Havana, e permaneceu em Cuba para o tratamento pós-operatório. Os protestos pediam que fosse declarada a ausência temporal do caudilho, ou ainda o respeito à soberania do país – mote de manifestação realizada na semana passada, em frente à embaixada de Cuba em Caracas, movimento que foi reprimido pela Guarda Nacional. Os estudantes acreditam que suas ações obrigaram o governo a divulgar as primeiras imagens do mandatário em dois meses, por meio de fotos divulgadas no dia 15.
Leia também: Ausência de Chávez enfraquece discurso bolivariano
Os estudantes que preparam uma manifestação para a próxima semana acusam o vice-presidente Nicolás Maduro de não querer mostrar Chávez com o intuito de se manter no poder sem ter sido eleito. A posse do coronel na Assembleia Nacional estava marcada para 10 de janeiro, como previsto na Constituição. No entanto, a maioria governista no legislativo concedeu a Chávez o tempo necessário para se recuperar e o Superior Tribunal de Justiça (alinhado ao chavismo) endossou a tese, alegando que há “continuidade administrativa” no país, uma vez que o mandatário foi reeleito em outubro do ano passado – para o quarto mandato consecutivo. Consequentemente, os ministros e o vice – que é nomeado – também continuaram no poder.
Posse – Também nesta quinta, um grupo de advogados foi ao STJ solicitar “urgência” na juramento de Hugo Chávez para o mandato que vai até 2019, uma vez que ele está no país. Exigência que também foi feita pela oposição venezuelana nesta semana. Em um comunicado, a Mesa da Unidade Democrática (MUD) questionou o discurso do governo de que Chávez está em plenas condições de governar o país e pediu que o juramento de posse seja realizado o quanto antes. A coalizão opositora também pediu que o governo pare que fazer um “espetáculo” sobre a saúde do presidente e se dedique a resolver os problemas da “vida real” dos venezuelanos: a violência, a escassez, o alto custo de vida, os baixos salários, o desemprego e a corrupção. A MUD está organizando uma concentração neste sábado contra os efeitos da desvalorização cambial anunciada no início deste mês.
Outro movimento opositor, o Vontade Popular, pede ao governo que designe uma junta médica para avaliar a saúde do presidente - sendo que os nomes dos médicos sejam de conhecimento público -, explique o tipo e a duração do tratamento necessário para Chávez e permita que a imprensa tenha acesso direto às informações médicas, e não apenas através das redes oficiais de rádio e televisão. O líder do partido, Carlos Vecchio, ressaltou que as fotos de Chávez com as filhas e o anúncio de sua volta ao país não são suficientes para reduzir as incertezas sobre seu estado de saúde.
Na última segunda-feira, o Superior Tribunal de Justiça da Venezuela disse estar pronto para realizar a cerimônia de juramento de Chávez “a qualquer momento”. A corte estaria à espera apenas da “decisão do presidente e de sua equipe médica” para determinar se o evento será público ou privado e onde será realizado.

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