O papa, adiante (IV)
cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. O ritual de John Allen é listar os prós e os contras de um papabile. Vamos lá.
Os pontos a favor do cardeal brasileiro, de 63 anos, nascido em Cerro Largo, no Rio Grande do Sul:
1) O simbolismo de ser o primeiro papa do mundo em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a origem alemã do cardeal brasileiro seria vista como uma ponte “segura” entre o passado e o futuro da Igreja católica.
2) Um estímulo para a Igreja brasileira, que enfrenta a competição evangélica, da secularização e da indiferença religiosa.
3) Experiência na burocracia do Vaticano, por seu trabalho na Congregação dos Bispos, além de reputação de ser um administrador eficiente e modernizador.
4) O italiano do cardeal Scherer é bom, fundamental para quem será o bispo de Roma.
5) A ortodoxia doutrinária do cardeal brasileiro faz dele uma escolha segura, mas a disposição pragmática não atrapalha.
Agora, vamos aos contras para a eleição do cardeal Odilo Scherer no conclave:
1) Apesar do seu currículo de atuação dentro do Vaticano, a passagem do cardeal Scherer por Roma não é considerada marcante e sua visiblidade internacional é pequena.
2) Ele não é carismático, o que seria um pecado caso a prioridade seja um missionário-chefe ao estlo de João Paulo II. John Allen, aliás, lembra que Scherer já expressou reservas sobre o padre Marcelo Rossi, dizendo que “padres não devem ser showmen”.
3) A origem alemão pode ser um obstáculo. Mais um teutônico, depois de Bento XVI.
4) Persiste a ambivalência sobre candidatos brasileiros em Roma, vistos, na expressão de John Allen, como boas pessoas, mas inconsequentes.
5) Se as forças pentecostais, seculares e da indiferença religiosa avançam no Brasil, isto é sinal de que a cúpula da Igreja no país mais católica do mundo não é tão efetiva assim. Por que repetir a dose em escala global?
John Allen lembra que, há uma década, o cardeal brasileiro Lucas Moreira Neves, íntimo do papa João Paulo II, morreu antes de ser colocado à prova em um conclave. Agora existem, como escreve o vaticanista americano, reservas sobre o cardeal Scherer, mas na fumacinha de especulações ele merece uma aposta séria.
Esta coluna tem seus rituais sagrados. Há dias, eu registro os palpites diários do vaticanista americano John Allen para a sucessão do papa Bento XVI, no site da respeitada publicação National Catholic Reporter. Portanto, mesmo com atraso, pois o perfil foi publicado no sábado, eu, paulistano, preciso patrioticamente (e por bairrismo) tomar nota do papabile of the day, daquele dia: o Os pontos a favor do cardeal brasileiro, de 63 anos, nascido em Cerro Largo, no Rio Grande do Sul:
1) O simbolismo de ser o primeiro papa do mundo em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a origem alemã do cardeal brasileiro seria vista como uma ponte “segura” entre o passado e o futuro da Igreja católica.
2) Um estímulo para a Igreja brasileira, que enfrenta a competição evangélica, da secularização e da indiferença religiosa.
3) Experiência na burocracia do Vaticano, por seu trabalho na Congregação dos Bispos, além de reputação de ser um administrador eficiente e modernizador.
4) O italiano do cardeal Scherer é bom, fundamental para quem será o bispo de Roma.
5) A ortodoxia doutrinária do cardeal brasileiro faz dele uma escolha segura, mas a disposição pragmática não atrapalha.
Agora, vamos aos contras para a eleição do cardeal Odilo Scherer no conclave:
1) Apesar do seu currículo de atuação dentro do Vaticano, a passagem do cardeal Scherer por Roma não é considerada marcante e sua visiblidade internacional é pequena.
2) Ele não é carismático, o que seria um pecado caso a prioridade seja um missionário-chefe ao estlo de João Paulo II. John Allen, aliás, lembra que Scherer já expressou reservas sobre o padre Marcelo Rossi, dizendo que “padres não devem ser showmen”.
3) A origem alemão pode ser um obstáculo. Mais um teutônico, depois de Bento XVI.
4) Persiste a ambivalência sobre candidatos brasileiros em Roma, vistos, na expressão de John Allen, como boas pessoas, mas inconsequentes.
5) Se as forças pentecostais, seculares e da indiferença religiosa avançam no Brasil, isto é sinal de que a cúpula da Igreja no país mais católica do mundo não é tão efetiva assim. Por que repetir a dose em escala global?
John Allen lembra que, há uma década, o cardeal brasileiro Lucas Moreira Neves, íntimo do papa João Paulo II, morreu antes de ser colocado à prova em um conclave. Agora existem, como escreve o vaticanista americano, reservas sobre o cardeal Scherer, mas na fumacinha de especulações ele merece uma aposta séria.
Comentários
Postar um comentário