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Grillo se recusa a apoiar governo e aumenta crise política na Itália


Líder populista fechou a porta para sondagens feitas por Bersani com uma torrente de insultos



ROMA - Uma crise política italiana que agitou a zona do euro se aprofundou nesta quarta-feira, 27, quando dois líderes partidários descartaram as opções mais prováveis de formar um governo e evitar uma nova eleição.

O líder populista Beppe Grillo fechou a porta para sondagens feitas do chefe da centro-esquerda Pier Luigi Bersani com uma torrente de insultos, enquanto Nichi Vendola, o parceiro da coalizão júnior de Bersani, descartou uma aliança de governo com a centro-direita.
Essas duas opções são vistas atualmente como a única maneira de evitar a volta às urnas imediatamente depois da eleição de 24 e 25 de fevereiro, no qual um enorme voto de protesto contra políticos tradicionais e políticas de austeridade mergulhou a Itália num impasse.
A perspectiva de uma incerteza prolongada na terceira maior economia da zona do euro provocou quedas pronunciadas nos mercados mundiais logo depois do resultado eleitoral, mas eles se acalmaram nesta quarta-feira depois de uma sólida demanda pela dívida do governo italiano em um leilão, com títulos europeus, ações e euro mais reforçados.
A centro-esquerda ficou com a maioria das cadeiras na eleição, mas nenhum grupo tem uma maioria para governar.
O Movimento 5 Estrelas de Grillo bloqueou o controle do Parlamento pela centro-esquerda, depois de uma das maiores vitórias populistas na história europeia recente. Bersani anunciou propostas cautelosas para Grillo na terça-feira, sugerindo que poderia haver acordo em uma lista curta de medidas comuns a ambos os lados.
Mas ele disse que os que apoiavam um governo de centro-esquerda teriam que apoiá-lo em um voto de confiança, que seria vital antes que ele fosse instalado.
"Morto falando"
Grillo respondeu em seu microblog Twitter, descrevendo Bersani como um "morto falando" e um perseguidor político, acusando-o de fazer "propostas indecentes" e pedindo que renunciasse. A centro-esquerda ficou bem abaixo da maioria que as pesquisas de opinião previam.

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