Criação de vagas em janeiro é a pior em 4 anos
Segundo dados do Caged, o saldo de admissões e demissões foi de 28,9 mil vagas, o menor desde 2009; resultado surpreendeu analistas
Analistas esperavam a criação de 50 mil vagas líquidas de emprego em janeiro
O volume de janeiro também ficou abaixo das estimativas de analistas de 13 instituições financeiras. As previsões iam de um saldo líquido de empregos com carteira assinada de 30 mil a 102,4 mil. Com base neste intervalo de estimativas, a mediana ficou em 50 mil.Os números não passaram por ajuste. Em relação a 2012, o volume de empregos gerados em janeiro de 2013 com carteira assinada foi 84% menor. Em janeiro de 2012, foram criados 180.630 postos, levando-se em conta os dados ajustados, ou seja, que já incluem as informações do mercado de trabalho formal enviadas pelas empresas fora do prazo.
Já na comparação sem ajuste, que considera o primeiro dado divulgado pelo MTE sem a compilação das informações enviadas com atraso pelas empresas, foi constatada uma queda de 75,69% na geração de empregos com carteira em janeiro deste ano ante janeiro de 2012, quando o saldo foi de 118.895 postos.
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Setores - O desempenho ruim também foi provocado por menor geração de oportunidades em quase todos os setores. No de serviços, por exemplo, houve a contratação líquida de 14.746 trabalhadores em janeiro, enquanto em igual mês do ano passado o número havia sido de 61.463.
A agricultura mostrou dispensa líquida de 622 trabalhadores, enquanto que em janeiro de 2012 o setor havia contratado, também em termos líquidos, 12.318 trabalhadores.
Já a construção civil, segundo o Caged, registrou contratação líquida de 33.421 pessoas no último mês, menor que as 42.199 em janeiro de 2012.
No ano passado foi registrada a criação de 1,301 milhão de vagas. O governo prevê que 2013 serão criadas 2 milhões de vagas formais. Isso deve contribuir para manter o desemprego em mínimos históricos e em meio a um contexto de elevação dos rendimentos pagos aos trabalhadores.
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