Mercado prevê alta de 3% no PIB em 2013, mas já há quem aposte em 4%
Safra recorde de grãos e retomada da indústria devem melhorar o desempenho da economia no começo do ano, avaliam especialistas
O IBGE divulga nesta sexta-feira os números do desempenho da economia no ano passado, com a certeza de que os resultados foram fracos. Há um consenso no mercado que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter crescido pouco, em torno de 1%, em 2012. As apostas agora são para 2013. Embora a maioria dos especialistas projete um crescimento de 3% em 2012, de acordo com a pesquisa de mercado Focus, do Banco Central, alguns analistas dizem que a economia pode surpreender.
Algumas consultorias e analistas de bancos projetam crescimento bem maior, entre 3,5% e 4% para este ano.
O banco Credit Suisse espera alta de 4% para o PIB em 2013. Nilson Teixeira, economista-chefe que assina o relatório do banco, no ano passado ganhou destaque por antecipar o desempenho frustrante da economia. Dessa vez, no entanto, Teixeira prevê um desempenho mais forte da economia neste ano, principalmente por causa da retomada da produção industrial, em especial de caminhões.
Depois da queda da indústria de 2,7% em 2012 na comparação com o ano anterior, o Credit Suisse espera alta de 3,1% da produção industrial este ano. Segundo o relatório do banco, os fatores negativos que influenciaram a retração da indústria no ano passado serão revertidos, com a retomada da economia argentina, que responde por 7% das exportações da indústria.
Além disso, a safra agrícola recorde e os efeitos dos estímulos financeiros e monetários dados à economia nos últimos meses devem surtir efeitos em termos de renda e consumo neste ano.
De acordo com o banco, a confiança dos empresários da indústria já dá sinais de reação. Esse indicador aumentou em janeiro, na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Além disso, a pesquisa da FGV mostra que houve uma diminuição dos estoques indesejados de produtos acabados nas fábricas, o que deve impulsionar a retomada da indústria de transformação neste trimestre.
Surpresa. Para o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, a economia está ganhando tração neste início de ano. Ele projeta crescimento do PIB de 3,5% para 2013, mas admite que essa taxa possa ser até um pouco maior. "Daqui para a frente, nos próximos dois a três meses, as expectativas para o PIB vão surpreender positivamente", prevê o economista.
Entre os fatores que, segundo Borges, devem sustentar esse crescimento mais acelerado estão a safra recorde de grãos, que já começou a ser colhida no Centro-Sul do País e deve ter impacto positivo neste trimestre; o fato de a indústria voltar a crescer por causa da baixa nos estoques: e a retomada dos investimentos, já sinalizada pelo aumento dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A consultoria também aponta que a redução de juros básicos realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) feita ao longo de 2012 e dos encargos sobre a folha de pagamento das empresas deve ter reflexos na economia neste ano.
"O primeiro trimestre será de recuperação, tanto industrial como de investimentos em geral", afirma o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros. Segundo ele, "não há dúvida" de que esse movimento já esteja em curso. A sua projeção é de que o PIB cresça 3,5% este ano.
Trimestre. Relatório assinado pelo economista do Itaú Unibanco, Aurélio Bicalho, diz que, em janeiro, os indicadores preliminares mostram aceleração importante da atividade econômica no primeiro trimestre. Consumo de energia elétrica, produção de veículos, expedição de papelão ondulado, movimento de veículos pesados nas estradas e confiança do empresário da indústria apontam para alta de 2,5% na produção industrial no primeiro mês do ano.
Também os índices correlacionados com o comércio sugerem, segundo Bicalho, crescimento das vendas no varejo ampliado, ou seja, que inclui veículos e materiais de construção. O departamento econômico do banco projeta, no entanto, crescimento de 3% para o PIB neste ano, seguindo a média do mercado. Já Borges, da LCA, mais otimista para o PIB do ano, projeta crescimento de 1,4% na produção industrial em janeiro ante dezembro.
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Depois da queda da indústria de 2,7% em 2012 na comparação com o ano anterior, o Credit Suisse espera alta de 3,1% da produção industrial este ano. Segundo o relatório do banco, os fatores negativos que influenciaram a retração da indústria no ano passado serão revertidos, com a retomada da economia argentina, que responde por 7% das exportações da indústria.
Além disso, a safra agrícola recorde e os efeitos dos estímulos financeiros e monetários dados à economia nos últimos meses devem surtir efeitos em termos de renda e consumo neste ano.
De acordo com o banco, a confiança dos empresários da indústria já dá sinais de reação. Esse indicador aumentou em janeiro, na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Além disso, a pesquisa da FGV mostra que houve uma diminuição dos estoques indesejados de produtos acabados nas fábricas, o que deve impulsionar a retomada da indústria de transformação neste trimestre.
Surpresa. Para o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, a economia está ganhando tração neste início de ano. Ele projeta crescimento do PIB de 3,5% para 2013, mas admite que essa taxa possa ser até um pouco maior. "Daqui para a frente, nos próximos dois a três meses, as expectativas para o PIB vão surpreender positivamente", prevê o economista.
Entre os fatores que, segundo Borges, devem sustentar esse crescimento mais acelerado estão a safra recorde de grãos, que já começou a ser colhida no Centro-Sul do País e deve ter impacto positivo neste trimestre; o fato de a indústria voltar a crescer por causa da baixa nos estoques: e a retomada dos investimentos, já sinalizada pelo aumento dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A consultoria também aponta que a redução de juros básicos realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) feita ao longo de 2012 e dos encargos sobre a folha de pagamento das empresas deve ter reflexos na economia neste ano.
"O primeiro trimestre será de recuperação, tanto industrial como de investimentos em geral", afirma o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros. Segundo ele, "não há dúvida" de que esse movimento já esteja em curso. A sua projeção é de que o PIB cresça 3,5% este ano.
Trimestre. Relatório assinado pelo economista do Itaú Unibanco, Aurélio Bicalho, diz que, em janeiro, os indicadores preliminares mostram aceleração importante da atividade econômica no primeiro trimestre. Consumo de energia elétrica, produção de veículos, expedição de papelão ondulado, movimento de veículos pesados nas estradas e confiança do empresário da indústria apontam para alta de 2,5% na produção industrial no primeiro mês do ano.
Também os índices correlacionados com o comércio sugerem, segundo Bicalho, crescimento das vendas no varejo ampliado, ou seja, que inclui veículos e materiais de construção. O departamento econômico do banco projeta, no entanto, crescimento de 3% para o PIB neste ano, seguindo a média do mercado. Já Borges, da LCA, mais otimista para o PIB do ano, projeta crescimento de 1,4% na produção industrial em janeiro ante dezembro.
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