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Superávit primário do setor público em janeiro tem recorde

Saldo positivo ficou em R$ 30,251 bilhões; recorde anterior havia sido registrado em setembro de 2010

 
BRASÍLIA - O setor público consolidado (Governo Central, governos regionais e empresas estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobrás) registrou em janeiro um superávit primário de R$ 30,251 bilhões, segundo informou há pouco o Banco Central. O saldo é o maior da série iniciada em 2001 e supera o recorde anterior, de R$ 28,157 bilhões, registrado em setembro de 2010.
O resultado do setor público consolidado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que ia de R$ 22,500 bilhões a R$ 36,300 bilhões, e acima da mediana projetada, de R$ 29,000 bilhões.
Segundo o BC, a maior parte do superávit do mês passado foi gerada pelo governo federal, que encerrou o período com saldo positivo de R$ 32,253 bilhões. Os governos regionais contribuíram com R$ 4,212 bilhões e as empresas estatais registraram um pequeno déficit de R$ 49 milhões.
A autoridade monetária informou também que, no acumulado dos 12 últimos meses encerrados em janeiro, o superávit do setor público está em R$ 109,187 bilhões, o que representa 2,46% do Produto Interno Bruto (PIB). O compromisso do governo para 2013 é economizar R$ 155,9 bilhões para pagar os juros da dívida.
Juro
O setor público consolidado gastou R$ 22,649 bilhões com juros em janeiro. Houve uma alta em relação ao gasto de R$ 19,102 bilhões, registrado em dezembro do ano passado, e também em relação aos R$ 19,661 bilhões despendidos em janeiro de 2012. O gasto do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) com juros foi de R$ 16,628 bilhões no primeiro mês deste ano. Já os governos regionais registraram uma despesa de R$ 5,815 bilhões com essa rubrica, e as empresas estatais, R$ 207 milhões.
Nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, a despesa com pagamento de juros foi de R$ 216,851 bilhões, ou o equivalente a 4,88% do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o Banco Central, o maior número de dias úteis no mês de janeiro contribuiu para um gasto maior com esse item.
Após pagar os juros, o setor público consolidado registrou um superávit nominal de R$ 7,602 bilhões em janeiro de 2013. Em dezembro de 2012, o superávit havia sido de R$ 3,150 bilhões. Em janeiro do ano passado, o saldo positivo foi de R$ 6,355 bilhões.
O superávit de janeiro é o terceiro maior da série histórica iniciada em 2001, atrás dos resultados positivos de R$ 8,431 bilhões de outubro de 2008 e de R$ 11,997 bilhões em setembro de 2010.
No mês passado, o governo central registrou superávit nominal de R$ 9,461 bilhões. Os governos regionais, por outro lado, tiveram déficit de R$ 1,603 bilhão. As empresas estatais também registraram déficit no período, de R$ 256 milhões. Nos 12 meses encerrados em janeiro deste ano, o déficit nominal está em R$ 107,664 bilhões, ou 2,42% do PIB.
Dívida
A dívida líquida do setor público subiu para 35,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em janeiro de 2013, ante 35,1% do PIB em dezembro de 2012, informou há pouco o Banco Central. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 1,563 trilhão.
O BC informou ainda que a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 2,623 trilhões, o que representou 59% do PIB. Esse porcentual é maior que os 58,6% vistos em dezembro. Contribuíram para o aumento a incorporação de juros e a elevação das operações compromissadas no mês, segundo o BC.
O chefe do departamento econômico do Banco Central, Tulio Maciel, salientou que a valorização cambial de 2,7% no primeiro mês do ano neutralizou o impacto que o superávit nominal acarretaria na dívida pública.
Por conta dessa valorização do real no início de 2013, a dívida se manteve praticamente estável em relação ao ano passado. "A despeito de um bom resultado de superávit nominal, a dívida praticamente se manteve", considerou.
Maciel salientou também que as despesas com juros cresceram 18% em janeiro sobre janeiro de 2012. "Isso reflete, principalmente, o aumento de dois dias úteis em relação a janeiro do ano passado", comentou. Ele pontuou ainda que, em 12 meses, o resultado primário passou de 2,38% do PIB em dezembro do ano passado para 2,46% em janeiro deste ano. Este resultado, de acordo com o técnico, é o melhor desde agosto de 2012, quando estava em 2,47% do PIB.
Já o déficit nominal também acumulado em 12 meses passou nesse período de 2,47% do PIB para 2,42% do PIB de dezembro para janeiro. Esse porcentual, conforme Maciel, é o melhor desde março de 2002, quando estava em 2,40% do PIB. Já em relação à proporção do valor de pagamento ante o PIB, houve um aumento dos 4,85% em dezembro, que era o piso da série, para 4,88% agora. Para o chefe de departamento do BC, essa variação pode ser interpretada como "estável".

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