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Chávez vai prestar juramento 'quando achar apropriado'

Apesar do Supremo Tribunal de Justiça já estar pronto para realizar a cerimônia de posse do novo mandato, presidente da Assembleia diz que 'não há pressa'

Simpatizantes do presidente Hugo Chávez durante manifestação, em Caracas
Simpatizantes do presidente Hugo Chávez durante manifestação, em Caracas                                     
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou nesta segunda-feira que a data para o juramento de posse do novo mandato de Hugo Chávez depende exclusivamente da vontade do governante enfermo. "Cabe ao comandante, quando considerar apropriado, convocar os senhores do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para que efetuem esse trâmite", disse Cabello.

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Reeleito em outubro, Chávez deveria ter tomado posse em 10 de janeiro, como previsto na Constituição, mas não o fez, uma vez que estava internado em Cuba, onde foi submetido a uma cirurgia para combater um câncer. Alinhados com o chavismo, o Legislativo e o Judiciário rechaçaram os pedidos da oposição para que fosse declarada a ausência do mandatário e concederam ao caudilho o "tempo necessário" para fazer o juramento para o mandato que vai até 2019.

Com o retorno de Chávez a Caracas há uma semana, no entanto, a cobrança pela realização da posse aumentou. Dias após o regresso do presidente, um grupo de advogados foi ao STJ solicitar "urgência" no juramento para o mandato que vai até 2019 -- exigência repetida pela oposição venezuelana, que questionou o discurso do governo de que Chávez está em plenas condições de governar o país. Na semana passada, o próprio STJ se adiantou e disse estar pronto para realizar a cerimônia de juramento "a qualquer momento".

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Sem pressa - Os aliados de Chávez, porém, dão sinais de que a aguardada posse pode não acontecer tão cedo. "Não temos pressa", declarou Cabello. "Porque o presidente está no exercício do cargo e se recupera de uma doença." O governo sustenta que, apesar da gravidade de sua situação, Chávez acompanha, de seu leito, as questões administrativas do país. Na última sexta-feira, o vice Nicolas Maduro afirmou que se reuniu por cinco horas com o coronel no Hospital Militar de Caracas. "Isto significa que o presidente está totalmente recuperado? Não. Mas ele está realizando os trabalhos do governo, está governando", defendeu Cabello.

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