Cubanos se mostram satisfeitos com renovação de dirigentes
Raúl Castro substituiu Fidel em 2008 e desde então já realizou mais de 300 reformas econômicas
HAVANA - Muitos cubanos mostraram nesta segunda-feira, 25, sua satisfação com
a ascensão de líderes mais jovens ao governo comunista, que vai marcando o fim
da era dos irmãos Castro.
Raúl Castro, de 81 anos, substituiu seu irmão doente Fidel em 2008, e desde então já realizou mais de 300 reformas econômicas que tentam modernizar o sistema socialista e garantir a continuidade da revolução que triunfou em 1959.
O dirigente disse no domingo que os cargos de governo e do Partido Comunista só podem ser exercidos por dois períodos, uma reforma que deve ser aprovada e acolhida na Constituição da ilha nos próximos meses e que fomentará uma renovação.
"A ideia de Raúl (Castro) foi muito boa porque o país precisa de pessoas jovens, com ideias diferentes para que o país melhore", disse Claudia Montalvo, uma estudante de magistério de 15 anos, enquanto esperava o ônibus em frente ao Capitólio de Havana.
A eleição de Díaz-Canel, que substitui no cargo José Ramón Machado Ventura, de 82 anos, é vista como sinal de renovação em um governo comandado durante décadas por dirigentes e comandantes históricos.
Segundo a Constituição cubana, o primeiro vice-presidente substitui o presidente em caso de morte ou incapacidade deste para permanecer no posto, o que coloca Díaz-Canel mais perto de um cargo que está nas mãos de Fidel e Raúl Castro há mais de meio século.
Muitos em Havana aludiam às "mudanças" necessárias quando questionados sobre a nova composição do Conselho de Estado, o poderoso órgão de 31 integrantes cuja faixa etária média atual é de 57 anos. "O mundo evolui e todos precisam mudar, têm que mudar, as gerações mudam, os pensamentos, o mesmo mundo muda", disse Yosvani Pérez, de 39 anos e um dos mais de 400 mil trabalhadores autônomos da ilha.
Castro, que foi ministro da Defesa por quase meio século, não ocultou no domingo seu contentamento durante o discurso depois de assumir o último mandato. "A maior satisfação é a tranquilidade e a confiança serena que sentimos ao ir entregando às novas gerações a responsabilidade de continuar construindo o socialismo e, com ele, assegurar a independência e a soberania nacional", disse, referindo-se às novas designações no Conselho de Estado.
A filha de Raúl, a psicóloga Mariela Castro Espín, que estreou no domingo como uma dos 612 deputados do Parlamento, era vista como uma candidata forte para assumir altos postos no futuro de Cuba. "A mim, realmente não me interessa", disse, rindo, Mariela Castro, que lidera há anos um movimento em defesa dos direitos das minorias sexuais em Cuba.
Miguel Díaz-Canel (direita) é novo
vice-presidente
Raúl Castro, de 81 anos, foi reeleito presidente no
domingo em uma sessão do Parlamento que nomeou como primeiro vice-presidente o
engenheiro Miguel Díaz-Canel, de 52 anos, que se converte assim no sucessor mais
provável quando o líder
octogenário deixar seu cargo em 2018.
"Vamos ver quando os jovens começarem como tudo se desenvolve. Espero que se
desenvolva bem porque a juventude é a que impera, os dirigentes, pela lei da
vida, já estão velhos", disse à Reuters Miriam Castro, uma aposentada
de 75 anos que lia o jornal Granma na segunda-feira, onde apareciam
fotos dos integrantes do Conselho de Estado eleito no domingo. Raúl Castro, de 81 anos, substituiu seu irmão doente Fidel em 2008, e desde então já realizou mais de 300 reformas econômicas que tentam modernizar o sistema socialista e garantir a continuidade da revolução que triunfou em 1959.
O dirigente disse no domingo que os cargos de governo e do Partido Comunista só podem ser exercidos por dois períodos, uma reforma que deve ser aprovada e acolhida na Constituição da ilha nos próximos meses e que fomentará uma renovação.
"A ideia de Raúl (Castro) foi muito boa porque o país precisa de pessoas jovens, com ideias diferentes para que o país melhore", disse Claudia Montalvo, uma estudante de magistério de 15 anos, enquanto esperava o ônibus em frente ao Capitólio de Havana.
A eleição de Díaz-Canel, que substitui no cargo José Ramón Machado Ventura, de 82 anos, é vista como sinal de renovação em um governo comandado durante décadas por dirigentes e comandantes históricos.
Segundo a Constituição cubana, o primeiro vice-presidente substitui o presidente em caso de morte ou incapacidade deste para permanecer no posto, o que coloca Díaz-Canel mais perto de um cargo que está nas mãos de Fidel e Raúl Castro há mais de meio século.
Muitos em Havana aludiam às "mudanças" necessárias quando questionados sobre a nova composição do Conselho de Estado, o poderoso órgão de 31 integrantes cuja faixa etária média atual é de 57 anos. "O mundo evolui e todos precisam mudar, têm que mudar, as gerações mudam, os pensamentos, o mesmo mundo muda", disse Yosvani Pérez, de 39 anos e um dos mais de 400 mil trabalhadores autônomos da ilha.
Castro, que foi ministro da Defesa por quase meio século, não ocultou no domingo seu contentamento durante o discurso depois de assumir o último mandato. "A maior satisfação é a tranquilidade e a confiança serena que sentimos ao ir entregando às novas gerações a responsabilidade de continuar construindo o socialismo e, com ele, assegurar a independência e a soberania nacional", disse, referindo-se às novas designações no Conselho de Estado.
A filha de Raúl, a psicóloga Mariela Castro Espín, que estreou no domingo como uma dos 612 deputados do Parlamento, era vista como uma candidata forte para assumir altos postos no futuro de Cuba. "A mim, realmente não me interessa", disse, rindo, Mariela Castro, que lidera há anos um movimento em defesa dos direitos das minorias sexuais em Cuba.
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