Oposição síria vai eleger premiê interino em 2 de março na Turquia
O primeiro-ministro chefiará um governo provisório em áreas do país controladas por rebeldes
CAIRO - Líderes oposicionistas sírios vão se reunir em 2 de março em
Istambul, na Turquia, para escolher um primeiro-ministro que chefiará um governo
provisório em áreas controladas por rebeldes, disse uma fonte da Coalizão
Nacional Síria nesta sexta-feira, 22.
O objetivo é impedir que o caos se instale em regiões capturadas por brigadas insurgentes, que possivelmente já abrangem metade do país. Os líderes da coalizão, no entanto, exercem pouco controle ou influência sobre os rebeldes na Síria.
A data foi marcada após um acordo dentro da Coalizão Nacional Síria, entre um bloco que inclui a poderosa Irmandade Muçulmana e outros que querem pressa na formação do governo, disse a fonte à Reuters, sob anonimato, no fim de dois dias de reuniões da coalizão no Cairo, Egito. "Um compromisso foi alcançado. A coalizão concordou em se reunir novamente em Istambul exclusivamente para escolher um primeiro-ministro."
A fonte disse que o premiê então nomeará um governo, mas não está claro se este poderia operar imediatamente a partir das zonas rebeldes, já que as forças do presidente sírio, Bashar Assad, ainda têm aviação, artilharia e mísseis capazes de atingir toda a Síria.
"Há uma situação se desenvolvendo em que há caos nas áreas liberadas, enquanto, relativamente, ainda há combustível, eletricidade e serviços básicos nas áreas controladas por Assad", disse um diplomata que tem contato com a oposição. "Se a situação persistir assim, esse apoio popular à oposição vai minguar e eles podem perder a guerra."
Fontes da oposição estimam que sejam necessários bilhões de dólares por mês para estabelecer um governo em áreas rebeldes, que são principalmente rurais e desérticas. Essas fontes disseram que o atual apoio financeiro à coalizão não basta para isso, mas que nesta semana o Catar ofereceu US$ 100 milhões em ajuda humanitária a ser administrada pela Unidade de Coordenação de Assistência, ala apartidária da coalizão.
"Mesmo que um governo não seja viável imediatamente, deveríamos nomear um primeiro-ministro e permitir que ele comece a formar (o gabinete) para passar um recado às pessoas no lado de dentro que estão exigindo por isso", disse um membro da coalizão.
No mês passado, a Irmandade Muçulmana barrou uma proposta para que o ex-premiê sírio Riad Hijab fosse nomeado primeiro-ministro provisório. Hijab é o mais importante membro do governo Assad a ter desertado em 22 meses de rebelião. Mas seu nome desperta rejeição em algumas facções justamente por causa da sua ligação com o partido Baath, de Assad.
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Hussein Malla/AP
Integrante do Exército Sírio Livre em
Idlib
O objetivo é impedir que o caos se instale em regiões capturadas por brigadas insurgentes, que possivelmente já abrangem metade do país. Os líderes da coalizão, no entanto, exercem pouco controle ou influência sobre os rebeldes na Síria.
A data foi marcada após um acordo dentro da Coalizão Nacional Síria, entre um bloco que inclui a poderosa Irmandade Muçulmana e outros que querem pressa na formação do governo, disse a fonte à Reuters, sob anonimato, no fim de dois dias de reuniões da coalizão no Cairo, Egito. "Um compromisso foi alcançado. A coalizão concordou em se reunir novamente em Istambul exclusivamente para escolher um primeiro-ministro."
A fonte disse que o premiê então nomeará um governo, mas não está claro se este poderia operar imediatamente a partir das zonas rebeldes, já que as forças do presidente sírio, Bashar Assad, ainda têm aviação, artilharia e mísseis capazes de atingir toda a Síria.
"Há uma situação se desenvolvendo em que há caos nas áreas liberadas, enquanto, relativamente, ainda há combustível, eletricidade e serviços básicos nas áreas controladas por Assad", disse um diplomata que tem contato com a oposição. "Se a situação persistir assim, esse apoio popular à oposição vai minguar e eles podem perder a guerra."
Fontes da oposição estimam que sejam necessários bilhões de dólares por mês para estabelecer um governo em áreas rebeldes, que são principalmente rurais e desérticas. Essas fontes disseram que o atual apoio financeiro à coalizão não basta para isso, mas que nesta semana o Catar ofereceu US$ 100 milhões em ajuda humanitária a ser administrada pela Unidade de Coordenação de Assistência, ala apartidária da coalizão.
"Mesmo que um governo não seja viável imediatamente, deveríamos nomear um primeiro-ministro e permitir que ele comece a formar (o gabinete) para passar um recado às pessoas no lado de dentro que estão exigindo por isso", disse um membro da coalizão.
No mês passado, a Irmandade Muçulmana barrou uma proposta para que o ex-premiê sírio Riad Hijab fosse nomeado primeiro-ministro provisório. Hijab é o mais importante membro do governo Assad a ter desertado em 22 meses de rebelião. Mas seu nome desperta rejeição em algumas facções justamente por causa da sua ligação com o partido Baath, de Assad.
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