Sem certeza sobre Chávez, oposição e governo acirram campanha antecipada
As recentes informações que sugerem uma piora no estado de saúde do
presidente venezuelano, Hugo Chávez, acabaram precipitando a campanha para sua
sucessão. Líderes da oposição intensificaram a pressão sobre a aliança Mesa da
Unidade Democrática (MUD) para que defina rapidamente um candidato.
No mesmo sentido, o vice-presidente, Nicolás Maduro, designado por Chávez como seu sucessor, passa a ocupar cada vez mais os espaços da mídia em inaugurações e solenidades oficiais - na maioria das vezes, emulando gestos e repetindo frases que sempre caracterizaram o líder bolivariano.
Embora o governador do Estado de Miranda e candidato presidencial derrotado por Chávez em 7 de outubro, Henrique Capriles, se perfile como o nome natural da MUD, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, cobrou, durante um ato político no sábado à tarde, uma decisão definitiva da aliança opositora.
Em meio a gritos de "onde está Capriles" dos cerca de 300 manifestantes reunidos na Praça Brion de Chacaíto, Ledezma defendeu, sem mencionar nomes, uma rápida definição da candidatura opositora.
O prefeito advertiu seus companheiros da oposição de que o sigilo e a escassez de informações sobre o estado de saúde de Chávez é parte de um "plano militar" para surpreender os antichavistas e encontrá-los ainda desorganizados no momento em que, finalmente, ficar definida a necessidade de uma nova eleição. "Antes que se eleja o sucessor de Bento XVI, teremos de contar com um candidato", disse. "Precisamos estar preparados para, se houver eleições, cortar seus bigodes", acrescentou, referindo-se a Maduro.
A Constituição venezuelana prevê a convocação de eleições para o prazo de 30 dias a partir da declaração de incapacidade de Chávez para exercer a presidência.
Por seu lado, Maduro tem intensificado suas aparições na mídia oficial, inaugurando obras e presidindo solenidades. O vice-presidente, a quem Chávez entregou a "espada de Bolívar" na emocionante despedida de 8 dezembro - antes de partir para Cuba para a mais recente cirurgia para combater o câncer na região pélvica -, adotou de vez o gestual e a retórica do líder bolivariano.
"O chavismo manobra com uma série de pesquisas de opinião elaborada pelo instituo Hinterlaces, que mostra um apoio popular ainda significativo para o governo", declarou ao Estado o consultor de política da empresa EcoLatina, Miguel Mendoza.
"Com a comoção causada por uma eventual ausência de Chávez, Maduro teria boas chances de manter o chavismo no poder por mais um mandato. Ao mesmo tempo, a oposição tem uma delicada equação para resolver: articular a organização de uma campanha eleitoral, contornando suas óbvias divisões internas, sem parecer um grupo de políticos oportunistas ante a doença de um líder popular."
Durante o ato político da oposição, Ledezma ironizou as declarações de Maduro de que conversou com Chávez por cinco horas no sábado. O vice-presidente mencionou a conversa com o líder um dia depois de dois ministros, o das Comunicações e Informação, Ernesto Villegas, e o chanceler, Elías Jaua, terem informado sobre a persistência da insuficiência respiratória, que ampliou a apreensão de seus aliados.
No mesmo sentido, o vice-presidente, Nicolás Maduro, designado por Chávez como seu sucessor, passa a ocupar cada vez mais os espaços da mídia em inaugurações e solenidades oficiais - na maioria das vezes, emulando gestos e repetindo frases que sempre caracterizaram o líder bolivariano.
Embora o governador do Estado de Miranda e candidato presidencial derrotado por Chávez em 7 de outubro, Henrique Capriles, se perfile como o nome natural da MUD, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, cobrou, durante um ato político no sábado à tarde, uma decisão definitiva da aliança opositora.
Em meio a gritos de "onde está Capriles" dos cerca de 300 manifestantes reunidos na Praça Brion de Chacaíto, Ledezma defendeu, sem mencionar nomes, uma rápida definição da candidatura opositora.
O prefeito advertiu seus companheiros da oposição de que o sigilo e a escassez de informações sobre o estado de saúde de Chávez é parte de um "plano militar" para surpreender os antichavistas e encontrá-los ainda desorganizados no momento em que, finalmente, ficar definida a necessidade de uma nova eleição. "Antes que se eleja o sucessor de Bento XVI, teremos de contar com um candidato", disse. "Precisamos estar preparados para, se houver eleições, cortar seus bigodes", acrescentou, referindo-se a Maduro.
A Constituição venezuelana prevê a convocação de eleições para o prazo de 30 dias a partir da declaração de incapacidade de Chávez para exercer a presidência.
Por seu lado, Maduro tem intensificado suas aparições na mídia oficial, inaugurando obras e presidindo solenidades. O vice-presidente, a quem Chávez entregou a "espada de Bolívar" na emocionante despedida de 8 dezembro - antes de partir para Cuba para a mais recente cirurgia para combater o câncer na região pélvica -, adotou de vez o gestual e a retórica do líder bolivariano.
"O chavismo manobra com uma série de pesquisas de opinião elaborada pelo instituo Hinterlaces, que mostra um apoio popular ainda significativo para o governo", declarou ao Estado o consultor de política da empresa EcoLatina, Miguel Mendoza.
"Com a comoção causada por uma eventual ausência de Chávez, Maduro teria boas chances de manter o chavismo no poder por mais um mandato. Ao mesmo tempo, a oposição tem uma delicada equação para resolver: articular a organização de uma campanha eleitoral, contornando suas óbvias divisões internas, sem parecer um grupo de políticos oportunistas ante a doença de um líder popular."
Durante o ato político da oposição, Ledezma ironizou as declarações de Maduro de que conversou com Chávez por cinco horas no sábado. O vice-presidente mencionou a conversa com o líder um dia depois de dois ministros, o das Comunicações e Informação, Ernesto Villegas, e o chanceler, Elías Jaua, terem informado sobre a persistência da insuficiência respiratória, que ampliou a apreensão de seus aliados.
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