Conta corrente do País com o exterior tem o maior déficit da história em janeiro
Saldo negativo ficou em US$ 11,4 bilhões; piora é resultado de um saldo negativo maior na balança comercial e aumento das remessas
BRASÍLIA - As contas externas do Brasil, que incluem balança comercial e balança de serviços (remessas e viagens), se deterioram em janeiro. O déficit em transações correntes ficou em US$ 11,371 bilhões, informou nesta sexta-feira, 22, o Banco Central. É o pior resultado para todos os meses desde o início da série histórica da autoridade monetária, que teve início em 1947.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, atribuiu a piora principalmente ao resultado negativo de US$ 4,03 bilhões da balança comercial brasileira no período.
Outro motivo para o resultado é o aumento das remessas de lucros e dividendos de empresas estrangeiras no País para o exterior, que atingiram US$ 2,068 bilhões - é o maior para meses de janeiro desde 2008, quando saldo ficou em US$ 3,024 bilhões. No mesmo mês do ano passado, foram de US$ 981 milhões em remessas. "O volume foi um pouco mais significativo. Este é um item com certa de volatilidade e apresentou um crescimento em janeiro", disse Maciel.
Já o saldo da conta das viagens internacionais ficou em US$ 1,598 bilhão - resultado de gastos de brasileiros em US$ 2,293 bilhões e de US$ 695 milhões dos estrangeiros no País, afetando negativamente a conta de serviços. "O brasileiro continua viajando ao exterior de uma maneira frequente", disse ele.
Para fevereiro, a expectativa do BC é de saldo negativo de US$ 5,7 bilhões. Ele disse que essa estimativa reflete um resultado ainda fraco da balança comercial, que deve se recuperar.
Para Maciel, à medida que a balança comercial apresentar resultados mais favoráveis, o déficit em transações correntes vai melhorar. Ele informou que, depois de duas semanas da saldo negativo em fevereiro, a balança já mostrou uma reversão na terceira semana.
"A perspectiva é que isso venha a evoluir de uma maneira favorável tendo em vista a entrada da safra de soja e o impacto gradual (na balança) do aumento do preço do minério do ferro. Isso tende a repercutir do lado das vendas externas e teremos números melhores em fevereiro e março", disse.
Balanço de pagamentos
Apesar do resultado negativo das transações correntes, de US$ 11,371 bilhões, o saldo positivo da conta de capital de financeira (R$ 12,355 bilhões) fez com que, no final, o balanço de pagamentos do País registrasse superávit de R$ 1,376 bilhão. Nesse resultado final também estão incluídos os erros e omissões (R$ 391 milhões).
A conta de capital inclui, entre as diversas contas, o saldo do Investimento Estrangeiro Direto, que somou US$ 3,7 bilhões em janeiro.
Dívida
O Banco Central informou ainda que a estimativa para a dívida externa brasileira em janeiro de 2013 é de US$ 317,816 bilhões. Em dezembro de 2012, esse saldo era estimado em US$ 316,740 bilhões. No fim de 2011, estava em US$ 298,204 bilhões. A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 280,4 bilhões, enquanto o estoque de curto prazo foi estimado em US$ 37,4 bilhões para o mês passado.
Já a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 172% em janeiro. A rolagem de papéis ficou em 121% no mês passado. Já a rolagem de empréstimos diretos teve uma taxa de 188% no mesmo período. No mesmo período do ano passado, a taxa geral foi de 284%, sendo 210% para papéis e 299% para empréstimos.
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Outro motivo para o resultado é o aumento das remessas de lucros e dividendos de empresas estrangeiras no País para o exterior, que atingiram US$ 2,068 bilhões - é o maior para meses de janeiro desde 2008, quando saldo ficou em US$ 3,024 bilhões. No mesmo mês do ano passado, foram de US$ 981 milhões em remessas. "O volume foi um pouco mais significativo. Este é um item com certa de volatilidade e apresentou um crescimento em janeiro", disse Maciel.
Já o saldo da conta das viagens internacionais ficou em US$ 1,598 bilhão - resultado de gastos de brasileiros em US$ 2,293 bilhões e de US$ 695 milhões dos estrangeiros no País, afetando negativamente a conta de serviços. "O brasileiro continua viajando ao exterior de uma maneira frequente", disse ele.
Para fevereiro, a expectativa do BC é de saldo negativo de US$ 5,7 bilhões. Ele disse que essa estimativa reflete um resultado ainda fraco da balança comercial, que deve se recuperar.
Para Maciel, à medida que a balança comercial apresentar resultados mais favoráveis, o déficit em transações correntes vai melhorar. Ele informou que, depois de duas semanas da saldo negativo em fevereiro, a balança já mostrou uma reversão na terceira semana.
"A perspectiva é que isso venha a evoluir de uma maneira favorável tendo em vista a entrada da safra de soja e o impacto gradual (na balança) do aumento do preço do minério do ferro. Isso tende a repercutir do lado das vendas externas e teremos números melhores em fevereiro e março", disse.
Balanço de pagamentos
Apesar do resultado negativo das transações correntes, de US$ 11,371 bilhões, o saldo positivo da conta de capital de financeira (R$ 12,355 bilhões) fez com que, no final, o balanço de pagamentos do País registrasse superávit de R$ 1,376 bilhão. Nesse resultado final também estão incluídos os erros e omissões (R$ 391 milhões).
A conta de capital inclui, entre as diversas contas, o saldo do Investimento Estrangeiro Direto, que somou US$ 3,7 bilhões em janeiro.
Dívida
O Banco Central informou ainda que a estimativa para a dívida externa brasileira em janeiro de 2013 é de US$ 317,816 bilhões. Em dezembro de 2012, esse saldo era estimado em US$ 316,740 bilhões. No fim de 2011, estava em US$ 298,204 bilhões. A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 280,4 bilhões, enquanto o estoque de curto prazo foi estimado em US$ 37,4 bilhões para o mês passado.
Já a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 172% em janeiro. A rolagem de papéis ficou em 121% no mês passado. Já a rolagem de empréstimos diretos teve uma taxa de 188% no mesmo período. No mesmo período do ano passado, a taxa geral foi de 284%, sendo 210% para papéis e 299% para empréstimos.
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