Chefe do Parlamento europeu pede a italianos que não votem em Berlusconi
O presidente alemão do Parlamento Europeu, que já foi comparado a um guarda
de campo de concentração nazista pelo ex-primeiro-ministro italiano Silvio
Berlusconi, alertou os italianos, nesta quinta-feira, a não votarem no magnata
da mídia na eleição da próxima semana.
Martin Schulz é o último de uma linha de políticos alemães a expressar temores sobre um possível retorno de Berlusconi ao governo, em grande parte devido a preocupações de que ele possa travar a tentativa de reformas na Itália que ajudou a elevar a confiança dos investidores na zona do euro.
"Silvio Berlusconi já colocou a Itália em parafuso com o comportamento irresponsável no governo e aventuras pessoais", disse Schulz, segundo o diário alemão Bild.
Berlusconi foi condenado à prisão por fraude fiscal e ainda está em julgamento por ter feito sexo com uma prostituta menor de idade.
Em declarações não transcritas no jornal, mas enviadas em uma cópia antecipada da reportagem, Schulz exortou os italianos a votarem pela continuidade das reformas.
"Muito está em jogo nas próximas eleições, inclusive assegurar-se de que a confiança construída pelo (primeiro-ministro) Mario Monti não seja perdida. Estou muito confiante de que os eleitores italianos vão fazer a escolha certa para o seu país."
Há bastante animosidade entre Berlusconi e Schulz, um social-democrata.
Em 2003, o então primeiro-ministro italiano disse que gostaria de sugerir Schulz, que havia criticado suas políticas, para o papel de um "kapo" em um filme sobre os campos de concentração nazistas. Um "kapo" era um interno do campo que recebia privilégios para supervisionar os trabalhadores da prisão.
Berlusconi depois minimizou o comentário, dizendo que ele estava sendo irônico e se referia a uma série de comédia da televisão.
A chanceler alemã, Angela Merkel, que apoiou a busca por austeridade de Monti e tem uma relação difícil com Berlusconi, tem mantido silêncio sobre quem gostaria que vencesse a eleição da terceira maior economia da zona do euro.
Monti arriscou envergonha-la esta semana, no entanto, dizendo que Merkel não queria que o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, ganhasse, após a observação de Berlusconi de que Monti uniria forças com o PD após a eleição "com a bênção de Merkel".
Pesquisas sugerem que o PD deve ganhar o controle da Câmara dos Deputados da Itália na eleição de 24 e 25 de fevereiro. A aliança centrista de Monti está atrás em quarto lugar, mas o PD pode precisar de seu apoio para controlar a câmara alta do Parlamento e formar um governo.
Martin Schulz é o último de uma linha de políticos alemães a expressar temores sobre um possível retorno de Berlusconi ao governo, em grande parte devido a preocupações de que ele possa travar a tentativa de reformas na Itália que ajudou a elevar a confiança dos investidores na zona do euro.
"Silvio Berlusconi já colocou a Itália em parafuso com o comportamento irresponsável no governo e aventuras pessoais", disse Schulz, segundo o diário alemão Bild.
Berlusconi foi condenado à prisão por fraude fiscal e ainda está em julgamento por ter feito sexo com uma prostituta menor de idade.
Em declarações não transcritas no jornal, mas enviadas em uma cópia antecipada da reportagem, Schulz exortou os italianos a votarem pela continuidade das reformas.
"Muito está em jogo nas próximas eleições, inclusive assegurar-se de que a confiança construída pelo (primeiro-ministro) Mario Monti não seja perdida. Estou muito confiante de que os eleitores italianos vão fazer a escolha certa para o seu país."
Há bastante animosidade entre Berlusconi e Schulz, um social-democrata.
Em 2003, o então primeiro-ministro italiano disse que gostaria de sugerir Schulz, que havia criticado suas políticas, para o papel de um "kapo" em um filme sobre os campos de concentração nazistas. Um "kapo" era um interno do campo que recebia privilégios para supervisionar os trabalhadores da prisão.
Berlusconi depois minimizou o comentário, dizendo que ele estava sendo irônico e se referia a uma série de comédia da televisão.
A chanceler alemã, Angela Merkel, que apoiou a busca por austeridade de Monti e tem uma relação difícil com Berlusconi, tem mantido silêncio sobre quem gostaria que vencesse a eleição da terceira maior economia da zona do euro.
Monti arriscou envergonha-la esta semana, no entanto, dizendo que Merkel não queria que o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, ganhasse, após a observação de Berlusconi de que Monti uniria forças com o PD após a eleição "com a bênção de Merkel".
Pesquisas sugerem que o PD deve ganhar o controle da Câmara dos Deputados da Itália na eleição de 24 e 25 de fevereiro. A aliança centrista de Monti está atrás em quarto lugar, mas o PD pode precisar de seu apoio para controlar a câmara alta do Parlamento e formar um governo.
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