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Gil Rugai é condenado a 33 anos e nove meses de prisão

Jurados consideraram ex-estudante de Teologia culpado da acusação de assassinato do pai e da madrasta em 2004. Ele poderá recorrer em liberdade

Gil Rugai chega para quinto dia de Julgamento no Fórum da Barra Funda
Gil Rugai chega para quinto dia de Julgamento no Fórum da Barra Funda - Nelson Antoine/Fotoarena
Após quase nove anos, o tribunal do júri condenou nesta sexta-feira o ex-estudante de Teologia Gil Rugai, de 29 anos, a 33 anos e nove meses de prisão pelo assassinato do pai, Luís Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, em março de 2004. De acordo com a sentença lida pelo juiz Adilson Simoni, a pena será cumprida em regime fechado, mas Gil Rugai poderá recorrer em liberdade.
O júri aceitou a tese da acusação, sustentada pelo promotor Rogério Zagallo, de que o réu cometeu duplo homicídio qualificado - por motivo torpe - após ter sido flagrado em um esquema de desvio de dinheiro da Referência Filmes, produtora do pai. Segundo o Ministério Público, Gil Rugai entrou na residência do casal, no bairro de Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, e disparou cinco tiros na madrasta e quatro no pai, pelas costas.

"Saiu a condenação justa e adequada", afirmou Zagallo, acompanhado de Rodolfo Chiarelli, delegado que conduziu as investigações do caso.

Na sentença, o juiz afirmou que Gil Rugai manteve socialmente a "aparência de bom moço" e demonstra "personalidade intensamente dissimulada". Por isso, concluiu: é uma pessoa "extremamente perigosa".
Nos cinco dias de julgamento, foram ouvidas quinze testemunhas – cinco pela acusação, sete pela defesa e três pelo próprio magistrado. Duas testemunhas foram dispensadas pela defesa.

Rugai alegou inocência e disse estar em outro local na noite do crime. O julgamento foi marcado por declarações da defesa de que haveria outras linhas de investigação para o homicídio, como o envolvimento do casal com o tráfico de drogas e um ex-funcionário da Referência que, como Rugai, também tinha a chave da porta dos fundos da casa. Porém, os advogados não conseguiram comprovar as teses diante dos jurados.
Durante as investigações, a polícia reuniu provas que poderiam induzir os jurados de que Rugai tinha um comportamento estranho – suásticas, seringas com sangue e um depoimento sobre uma suposta “mala de fuga” com uma pistola, roupas, canivete, facas, dinheiro e LSD. O promotor o acusou, diante dos jurados, de ter uma personalidade "borderline" (limítrofe) entre a de um psicopata e a de uma pessoa normal.

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