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Maduro: três generais foram presos por planejar golpe

Mais uma vez sem dar detalhes ou apresentar provas, presidente venezuelano diz que eles terão de responder a um tribunal militar. Declaração foi feita a chanceleres da Unasul que estão em Caracas

O presidente Maduro durante a reunião com chanceleres da Unasul
O presidente Maduro durante a reunião com chanceleres da Unasul (Reuters)
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira que três generais da Aeronáutica foram presos por planejarem um golpe de Estado. Apesar da gravidade das acusações, o herdeiro político de Hugo Chávez não deu detalhes do episódio: não apresentou provas nem revelou os nomes dos generais, sua exata patente ou as unidades que comandavam.
“Na noite de ontem capturamos três generais da Aeronáutica que estávamos investigando (...). Este grupo capturado tem vínculos diretos com setores da oposição e diziam que esta semana seria decisiva", disse Maduro, acrescentando que o plano foi descoberto após denúncias de outros oficiais. Segundo ele, os oficiais presos serão julgados por tribunais militares.
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A acusação foi feita no início de uma reunião com chanceleres da Unasul que foram a Caracas discutir a crise na Venezuela. A onda de protestos contra a insegurança, os graves problemas econômicos, como a escassez de alimentos, e a falta de liberdades teve início em fevereiro e já deixou mais de trinta mortos. Em várias oportunidades o sucessor de Chávez acusou a oposição de alimentar um golpe e responsabilizou os manifestantes pelas mortes.
Na reunião com os chanceleres, Maduro falou em "golpe continuado" contra seu governo. "Eu convoquei a Conferência Nacional de Paz, um diálogo além dos partidos políticos, e esse diálogo está se desenvolvendo muito bem, respeitando o ritmo dos diferentes setores", disse o presidente, contra todas as evidências. Ontem, o chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, número dois do chavismo, anunciou a cassação da deputada María Corina Machado, abrindo caminho para uma investigação contra uma das vozes mais ativas da oposição. Outros dois opositores já estão presos: Leopoldo López e Daniel Ceballos.

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