Maduro: três generais foram presos por planejar golpe
Mais uma vez sem dar detalhes ou apresentar provas, presidente venezuelano diz que eles terão de responder a um tribunal militar. Declaração foi feita a chanceleres da Unasul que estão em Caracas
O presidente Maduro durante a reunião com chanceleres da Unasul (Reuters)
“Na noite de ontem capturamos três generais da Aeronáutica que estávamos investigando (...). Este grupo capturado tem vínculos diretos com setores da oposição e diziam que esta semana seria decisiva", disse Maduro, acrescentando que o plano foi descoberto após denúncias de outros oficiais. Segundo ele, os oficiais presos serão julgados por tribunais militares.
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A acusação foi feita no início de uma reunião com chanceleres da Unasul que foram a Caracas discutir a crise na Venezuela. A onda de protestos contra a insegurança, os graves problemas econômicos, como a escassez de alimentos, e a falta de liberdades teve início em fevereiro e já deixou mais de trinta mortos. Em várias oportunidades o sucessor de Chávez acusou a oposição de alimentar um golpe e responsabilizou os manifestantes pelas mortes.
Na reunião com os chanceleres, Maduro falou em "golpe continuado" contra seu governo. "Eu convoquei a Conferência Nacional de Paz, um diálogo além dos partidos políticos, e esse diálogo está se desenvolvendo muito bem, respeitando o ritmo dos diferentes setores", disse o presidente, contra todas as evidências. Ontem, o chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, número dois do chavismo, anunciou a cassação da deputada María Corina Machado, abrindo caminho para uma investigação contra uma das vozes mais ativas da oposição. Outros dois opositores já estão presos: Leopoldo López e Daniel Ceballos.
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