Fuga de capitais da Rússia beneficia Bolsa brasileira
Fluxo aumentou após a crise do país com a Ucrânia; em março, até o dia 26, saldo positivo de capital externo na Bolsa é de R$ 1,828 bi
A fuga de capitais da Rússia, em meio à crise do país com a Ucrânia, é um dos motivos que têm contribuído para engordar a entrada de recursos estrangeiros por aqui, afirmam profissionais do mercado. Esse aumento do fluxo se intensificou nos últimos dias, o que explica em parte o recente rali de ações de estatais como Petrobrás, Eletrobrás e Banco do Brasil.
Em março até o dia 26, a Bovespa acumula saldo positivo de R$ 1,828 bilhão em capital externo, conforme o último dado divulgado pela BM&FBovespa. No ano, o saldo de recursos estrangeiros está positivo em R$ 2,262 bilhões.
Alvaro Bandeira, economista-chefe da Órama, acredita que a saída de recursos da Rússia é sim um dos fatores que explicam o aumento do fluxo externo para a bolsa brasileira e avalia que esse movimento se soma ao fato de os preços dos papéis estarem "achatados".
A maior participação dos estrangeiros também pode ser medida pelo Índice Futuro. O número de contratos comprados de investidores estrangeiros no Ibovespa Futuro aumentou cerca de 80% desde o dia 17 de março, passando de cerca de 40.567 para 71.021 contratos em aberto. Hamilton Moreira Alves, estrategista do BB Investimentos, explica que, quanto maior a quantidade de contratos comprados no Ibovespa futuro, maior é o otimismo do investidor estrangeiro.
Além da fuga de capitais da Rússia, profissionais citam os preços já bastante descontados das ações locais como outro atrativo para residentes de fora do País, além de fatores políticos, com o início da corrida pela eleição presidencial. "A deterioração fiscal e outros problemas econômicos já estavam nos preços, por isso havia distorção em algumas ações", diz William Castro Alves, analista da XP Investimentos.
O recente rebaixamento do rating do Brasil pela Standard & Poor's também foi visto com bons olhos por aqueles que acreditam que o fato contribuirá para que o governo trabalhe no sentido de melhorar a situação fiscal do País.
A recente anexação por Moscou da região ucraniana da Crimeia levou os EUA e a União Europeia a anunciarem sanções para autoridades russas de alto escalão, pressionando os mercados acionário e de câmbio da Rússia.
O país já perdeu cerca de US$ 60 bilhões no primeiro trimestre e a saída líquida de capital pode chegar a US$ 100 bilhões em 2014, segundo estimativas do governo russo.
Nesta semana, o Banco Mundial alertou que a escalada da crise na Ucrânia pode levar a economia russa a ter contração este ano e gerar forte fuga de capitais.
O índice Micex da Bolsa de Valores de Moscou tem declinado desde meados de fevereiro, passando do patamar de 1.500 pontos para o nível de 1.300 pontos. O piso nesse intervalo de tempo foi de 1.237,43 pontos, atingidos em 14 de março.
Em contrapartida, o Ibovespa passou da mínima do ano de 44.965 pontos atingida em 14 de março, para a máxima de 49.646 pontos, alcançada ontem - maior nível desde o início de setembro do ano passado.
Em março até o dia 26, a Bovespa acumula saldo positivo de R$ 1,828 bilhão em capital externo, conforme o último dado divulgado pela BM&FBovespa. No ano, o saldo de recursos estrangeiros está positivo em R$ 2,262 bilhões.
Alvaro Bandeira, economista-chefe da Órama, acredita que a saída de recursos da Rússia é sim um dos fatores que explicam o aumento do fluxo externo para a bolsa brasileira e avalia que esse movimento se soma ao fato de os preços dos papéis estarem "achatados".
A maior participação dos estrangeiros também pode ser medida pelo Índice Futuro. O número de contratos comprados de investidores estrangeiros no Ibovespa Futuro aumentou cerca de 80% desde o dia 17 de março, passando de cerca de 40.567 para 71.021 contratos em aberto. Hamilton Moreira Alves, estrategista do BB Investimentos, explica que, quanto maior a quantidade de contratos comprados no Ibovespa futuro, maior é o otimismo do investidor estrangeiro.
Além da fuga de capitais da Rússia, profissionais citam os preços já bastante descontados das ações locais como outro atrativo para residentes de fora do País, além de fatores políticos, com o início da corrida pela eleição presidencial. "A deterioração fiscal e outros problemas econômicos já estavam nos preços, por isso havia distorção em algumas ações", diz William Castro Alves, analista da XP Investimentos.
O recente rebaixamento do rating do Brasil pela Standard & Poor's também foi visto com bons olhos por aqueles que acreditam que o fato contribuirá para que o governo trabalhe no sentido de melhorar a situação fiscal do País.
A recente anexação por Moscou da região ucraniana da Crimeia levou os EUA e a União Europeia a anunciarem sanções para autoridades russas de alto escalão, pressionando os mercados acionário e de câmbio da Rússia.
O país já perdeu cerca de US$ 60 bilhões no primeiro trimestre e a saída líquida de capital pode chegar a US$ 100 bilhões em 2014, segundo estimativas do governo russo.
Nesta semana, o Banco Mundial alertou que a escalada da crise na Ucrânia pode levar a economia russa a ter contração este ano e gerar forte fuga de capitais.
O índice Micex da Bolsa de Valores de Moscou tem declinado desde meados de fevereiro, passando do patamar de 1.500 pontos para o nível de 1.300 pontos. O piso nesse intervalo de tempo foi de 1.237,43 pontos, atingidos em 14 de março.
Em contrapartida, o Ibovespa passou da mínima do ano de 44.965 pontos atingida em 14 de março, para a máxima de 49.646 pontos, alcançada ontem - maior nível desde o início de setembro do ano passado.
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