Egito leva líder e 682 membros da Irmandade Muçulmana a julgamento
Mohmed Badie e seus seguidores são levados ao tribunal um dia depois da condenação à morte de 529 membros do grupo
MINYA, EGITO - O líder da proscrita Irmandade Muçulmana e 682 outras pessoas começaram a ser julgados nesta terça-feira, 25, por várias acusações, inclusive homicídio, segundo o advogado do grupo, em mais um golpe para os partidários do presidente deposto do Egito Mohamed Mursi.
"Evitamos comparecer... porque o juiz violou os procedimentos da lei penal e não permitiu que (os advogados) apresentassem sua defesa", disse o advogado Adel Ali à Reuters. Segundo ele, 77 réus estão presos, e os demais foram libertados sob fiança ou estão foragidos.
Os julgamentos coletivos podem intensificar as tensões e desencadear mais violência no mais populoso país árabe. Centenas de pessoas morreram por causa de confrontos políticos nos últimos meses e uma insurgência islâmica está se espalhando pelo país.
A Irmandade, com cerca de 1 milhão de membros, venceu a maioria das eleições disputadas desde a deposição de Hosni Mubarak, em 2011, mas o atual governo implantado pelos militares qualificou a entidade como "terrorista".
O grupo - que já sobreviveu anteriormente a décadas de repressão - se diz voltado para o ativismo pacífico.
Protestos. A polícia disparou gás lacrimogêneo nesta terça-feira para dispersar manifestantes contrários aos julgamentos em massa de membros da Irmandade Muçulmana na cidade de Minya, sul do Egito, disse uma testemunha da Reuters.
Cerca de 700 pessoas fizeram manifestações na Universidade de Minya depois que o líder da Irmandade e outros 682 integrantes do grupo foram a julgamento por conta de acusações que incluem assassinato, um dia depois de mais de 500 simpatizantes do presidente islamita deposto Mohamed Mursi serem sentenciados à morte. / REUTERS
O julgamento de Mohmed Badie, de 70 anos, e de seus seguidores começa um dia depois de o mesmo tribunal, na província de Minya, condenar à morte 529 membros do grupo islâmico. Entidades de direitos humanos disseram ser a maior sentença coletiva à pena capital na história moderna do Egito.
A Irmandade tem sido duramente reprimida desde julho, quando o Exército depôs Mursi, da Irmandade, o primeiro presidente democraticamente na história egípcia. Queixando-se de irregularidades, advogados de defesa boicotaram a audiência judicial desta terça-feira, assistida por 60 dos réus."Evitamos comparecer... porque o juiz violou os procedimentos da lei penal e não permitiu que (os advogados) apresentassem sua defesa", disse o advogado Adel Ali à Reuters. Segundo ele, 77 réus estão presos, e os demais foram libertados sob fiança ou estão foragidos.
Os julgamentos coletivos podem intensificar as tensões e desencadear mais violência no mais populoso país árabe. Centenas de pessoas morreram por causa de confrontos políticos nos últimos meses e uma insurgência islâmica está se espalhando pelo país.
A Irmandade, com cerca de 1 milhão de membros, venceu a maioria das eleições disputadas desde a deposição de Hosni Mubarak, em 2011, mas o atual governo implantado pelos militares qualificou a entidade como "terrorista".
O grupo - que já sobreviveu anteriormente a décadas de repressão - se diz voltado para o ativismo pacífico.
Protestos. A polícia disparou gás lacrimogêneo nesta terça-feira para dispersar manifestantes contrários aos julgamentos em massa de membros da Irmandade Muçulmana na cidade de Minya, sul do Egito, disse uma testemunha da Reuters.
Cerca de 700 pessoas fizeram manifestações na Universidade de Minya depois que o líder da Irmandade e outros 682 integrantes do grupo foram a julgamento por conta de acusações que incluem assassinato, um dia depois de mais de 500 simpatizantes do presidente islamita deposto Mohamed Mursi serem sentenciados à morte. / REUTERS
Comentários
Postar um comentário