Pular para o conteúdo principal

Revista é condenada a pagar indenização para amante de Hollande

'Closer' terá que pagar 50 000 euros à atriz Julie Gayet por invasão de privacidade 

A revista de fofocas Closer foi condenada nesta quinta-feira pela Justiça francesa a pagar 15 000 euros de indenização para a atriz Julie Gayet por invasão de privacidade. Em sua  edição de janeiro, a revista revelou o caso secreto da atriz com o presidente da França, François Hollande, e publicou imagens dos encontros. O escândalo, que teve repercussão mundial, acabou provocando o fim do relacionamento do presidente com a então primeira-dama Valérie Trierweiler.   

De acordo com a sentença do Tribunal de Grande Instância de Nanterre, a Closer também foi condenada a publicar o teor da sentença na capa da sua próxima edição. Gayet, de 41  anos, havia pedido inicialmente uma indenização maior, de 50 000 euros, mais 4 000 euros pelas custas do processo. Segundo seu advogado, Jean Ennochi, o registro das fotos foi resultado de uma “verdadeira caçada” dos fotógrafos da Closer.
Leia mais:
Como um caso de amor pode ajudar Hollande (e a França)
Ex-primeira-dama diz que saber de affaire foi como “cair de arranha-céu” 

Segundo Ennochi, o assédio da imprensa só piorou depois que a revista chegou às bancas no dia 10 de janeiro, mostrando diversas fotos do presidente com a atriz em frente a um prédio de Paris, próximo do palácio do Eliseu.
Já o advogado da revista, Delphine Pando, defendeu a reportagem afirmando que ela havia sido movida pelo interesse público, já que as fotos mostraram que Hollande estava descuidando da sua segurança ao se dirigir com apenas um segurança até a casa da atriz. Ainda segundo Pando, com as escapadas, Hollande estava fugindo ao seu dever de transparência. Gayet ainda move dois processos criminais contra a revista, um deles por invasão de privacidade.
Publicação - Logo após a revelação do romance secreto do presidente, a primeira-dama Valérie Trierweiler, que mantinha um relacionamento com Hollande desde 2007, foi internada por causa de uma crise nervosa. Gayet desde então tem evitado fazer aparições pública. No final de janeiro, Hollande anunciou, de modo bastante lacônico, que seu relacionamento com Trierweiler havia acabado. A separação acabou provocando uma série de mudanças de última hora no protocolo de uma festa que seria oferecida ao presidente francês na Casa Branca em fevereiro, – centenas de convites com o nome de Valérie foram jogados fora e Hollande teve que aparecer sozinho.
Esta não foi a primeira vez que a Closer perde um processo relacionado ao presidente Hollande. No dia 6 de março – curiosamente o mesmo dia em que Gayet protocolou seu processo – a revista foi condenada a pagar 12 000 euros de indenização para Valérie Trierweiler pela reportagem “Valérie se vinga sob o sol” que trazia fotos da ex-primeira-dama usando um maiô durante uma viagem às Ilhas Maurício.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular