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Contas do governo central têm déficit primário de R$ 3 bi em fevereiro

Com isso, o esforço fiscal do 1º bimestre ficou em 1,22% do PIB, abaixo da meta para o ano

 
 

BRASÍLIA - As contas do governo central, formado por Tesouro, Previdência e Banco Central, tiveram um déficit primário de R$ 3,078 bilhões em fevereiro - ou seja, não houve economia para pagamento de juros da dívida pública. Esse é o segundo mês consecutivo que o governo apresenta um resultado ruim. Em janeiro, houve um superávit de R$ 12,954 bilhões. Mas ele veio abaixo das expectativas do mercado porque houve um aumento pesado das despesas. O dado foi divulgado na mesma semana em que a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito do Brasil, deixando o País na escala mais baixa do grau de investimento.
No acumulado do primeiro bimestre, as contas do governo registram um superávit de R$ 9,876 bilhões, ou 1,22 % do Produto Interno Bruto (PIB). O valor é 49,8% menor que no mesmo período do ano passado e também está abaixo da meta para o ano de 1,55% do PIB (R$ 80,8 bilhões).
As despesas do governo central cresceram 15,5% no primeiro bimestre de 2014. As receitas avançaram 9,6% em janeiro e fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado e totalizaram R$ 212,108 bilhões.
As receitas foram reforçadas em fevereiro com o pagamento de R$ 2,892 bilhões em dividendos. Foram R$ 2 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES), R$ 700 milhões da Caixa e R$ 192,1 milhões do Banco do Brasil. Em janeiro, não houve transferência de dividendos de empresas estatais para a União. As concessões reforçaram o caixa em apenas R$ 13,6 milhões, somando R$ 754,8 milhões no acumulado do primeiro bimestre.
Muitos gastos foram transferidos do final do ano passado para o início de 2014 para permitir que o governo entregasse a meta de superávit prometida para 2013. Em fevereiro, a arrecadação frustrou as expectativas do governo e atrapalhou a execução fiscal, mesmo com a entrada de dividendos no mês. O desempenho das contas públicas deve contribuir ainda mais para a deterioração das expectativas fiscais.



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