Putin e Obama discutem solução para crise da Crimeia
Durante telefonema, presidente americano pediu para Rússia retirar as forças militares da fronteira com a Ucrânia
Presidente americano pediu que Rússia evite "novas provocações" (AFP)
Obama, que hoje fez escala na Arábia Saudita após uma viagem pela Europa, pediu ao presidente russo para retirar suas tropas das fronteiras com a Ucrânia e a não “violar ainda mais a integridade territorial” do país, além de ter pedido para a Rússia evitar novas provocações, incluindo a “acumulação de forças em sua fronteira com a Ucrânia”.
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A ligação durou cerca de uma hora, segundo a agência Reuters. "O presidente Obama enfatizou ao presidente Putin que os Estados Unidos continuam a apoiar um caminho diplomático em ações e consultas próximas com o governo da Ucrânia e em suporte ao povo ucraniano, com o objetivo de reduzir a escalada da crise", afirmou a Casa Branca.
Os presidentes falaram ainda sobre uma proposta que o secretário de Estado americano, John Kerry, fez nesta semana para seu colega russo, Sergei Lavrov, durante uma reunião em Haia. Obama sugeriu que a Rússia faça uma proposta concreta por escrito e ambos presidentes decidiram que Kerry e Lavrov se reunirão para discutir os próximos passos.
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O presidente americano declarou para Putin que o governo da Ucrânia segue adotando um enfoque de diminuição progressiva das tensões, ao mesmo tempo em que avança com sua reforma constitucional e caminha para a realização de eleições democráticas. Obama solicitou à Rússia apoiar este processo.
Em outro comunicado, o Kremlin afirmou que Putin chamou a atenção de Obama para o que chamou de “atos de extremistas” em Kiev e em outras regiões da Ucrânia. Putin também reclamou de um suposto bloqueio contra a Transnístria, uma região da Moldávia que faz fronteira com a Ucrânia e onde estão baseadas tropas russas.
Após a queda do governo pró-russo do ex-presidente Viktor Yanukovich, Moscou enviou tropas para tomar a península ucraniana da Crimeia e anexou a região à Federação Russa. A Casa Branca teme que a presença de soldados na fronteira com a Ucrânia possa levar a novas invasões de províncias com população de origem russa.
(Com agências EFE e Reuters)
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