Dilma já se arrisca a perder heranças sólidas deixadas por Lula na política e na economia
Quando passou o cargo para Dilma Rousseff, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou também outros bens valiosos. O primeiro era uma sólida base de sustentação no Congresso, capaz de apoiar o governo federal e de cortar o oxigênio da oposição.
O segundo bem foi uma economia estável. Apesar de todas as críticas sobre o que poderia ter feito a mais e dos sinais de aparelhamento excessivo da máquina pública, Lula soube tocar a economia do País sem sobressaltos.
Menos de quatro anos depois, a presidente vê essas duas heranças correrem risco. Primeiro, com a rebelião de sua base de apoio no Congresso, contida apenas com o tradicional método do repasse de recursos e cargos. Agora, se vê obrigada a encarar o rebaixamento do rating brasileiro pela agência Standard & Poor’s, questionando a qualidade da economia do País.
Obviamente, a importância de medir a confiabilidade da economia nacional interessa muito mais aos mercados do que ao cidadão comum. Mas a verdade é que o rebaixamento brasileiro põe em xeque as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo brasileiro.
A questão é que o mercado vive de credibilidade e apostas na solidez das economias pelo mundo afora. E o governo brasileiro sabe que precisa de investimentos externos para tentar alavancar seu crescimento para patamares maiores do que os modestos números que vêm apresentando. Assim, O rebaixamento do rating brasileiro passa uma mensagem de desconfiança justamente para esses investidores que o Brasil sonha em atrair.
O rebaixamento da nota brasileira, em si, não é uma tragédia e está longe de ameaçar jogar a economia do País em algum buraco profundo. Mas aponta que algo errado pode estar acontecendo. Para complicar ainda mais esse cenário, o governo da presidente Dilma Rousseff se mobilizou para conseguir convencer as agências de risco que a economia era sólida e representava um porto seguro para quem quisesse investir seus recursos por aqui.
Por conta disso, Dilma, pela primeira vez desde que assumiu o governo, aceitou comparecer ao Fórum Internacional de Davos e enviou vários ministros de sua equipe para encontros no exterior com um objetivo comum: bater o bumbo a favor da economia brasileira.
O plano era falar do pleno emprego, dos investimentos em Educação e Saúde, do bom desenvolvimento do programa de concessões no País e da tentativa, cada vez maior, de passar confiabilidade e transparência nas medidas econômicas anunciadas pelo governo.
Foi um movimento claro para apagar os efeitos negativos pela adoção recentemente das chamadas “manobras contábeis” – sempre negadas pelos governistas – e que passavam a impressão de que nem tudo era claro nas medidas tomadas pela equipe econômica.
Apesar de todo esse esforço, e dos vários road shows feitos pelos integrantes do governo, nada convenceu a agência Standard & Poor’s, que rebaixou a nota brasileira.
O anúncio não podia vir num momento pior. O governo atravessa uma séria crise por conta de denúncias envolvendo a Petrobrás e corre o risco de ver aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dentro do Congresso para investigar essas suspeitas.
Além disso, os problemas de relacionamento com a base aliada viraram um tormento para o Palácio do Planalto. E esse clima só favorece a estratégia crítica dos partidos de oposição, que querem aproveitar o rebaixamento para reforçar suas críticas ao governo, dizendo que seus atos não inspiram confiança. Com tantos problemas para administrar simultaneamente, tudo o que o governo não precisava era de mais uma dor de cabeça a lhe incomodar, especialmente quando o calendário eleitoral se torna cada vez mais presente.
O segundo bem foi uma economia estável. Apesar de todas as críticas sobre o que poderia ter feito a mais e dos sinais de aparelhamento excessivo da máquina pública, Lula soube tocar a economia do País sem sobressaltos.
Menos de quatro anos depois, a presidente vê essas duas heranças correrem risco. Primeiro, com a rebelião de sua base de apoio no Congresso, contida apenas com o tradicional método do repasse de recursos e cargos. Agora, se vê obrigada a encarar o rebaixamento do rating brasileiro pela agência Standard & Poor’s, questionando a qualidade da economia do País.
Obviamente, a importância de medir a confiabilidade da economia nacional interessa muito mais aos mercados do que ao cidadão comum. Mas a verdade é que o rebaixamento brasileiro põe em xeque as medidas que vêm sendo adotadas pelo governo brasileiro.
A questão é que o mercado vive de credibilidade e apostas na solidez das economias pelo mundo afora. E o governo brasileiro sabe que precisa de investimentos externos para tentar alavancar seu crescimento para patamares maiores do que os modestos números que vêm apresentando. Assim, O rebaixamento do rating brasileiro passa uma mensagem de desconfiança justamente para esses investidores que o Brasil sonha em atrair.
O rebaixamento da nota brasileira, em si, não é uma tragédia e está longe de ameaçar jogar a economia do País em algum buraco profundo. Mas aponta que algo errado pode estar acontecendo. Para complicar ainda mais esse cenário, o governo da presidente Dilma Rousseff se mobilizou para conseguir convencer as agências de risco que a economia era sólida e representava um porto seguro para quem quisesse investir seus recursos por aqui.
Por conta disso, Dilma, pela primeira vez desde que assumiu o governo, aceitou comparecer ao Fórum Internacional de Davos e enviou vários ministros de sua equipe para encontros no exterior com um objetivo comum: bater o bumbo a favor da economia brasileira.
O plano era falar do pleno emprego, dos investimentos em Educação e Saúde, do bom desenvolvimento do programa de concessões no País e da tentativa, cada vez maior, de passar confiabilidade e transparência nas medidas econômicas anunciadas pelo governo.
Foi um movimento claro para apagar os efeitos negativos pela adoção recentemente das chamadas “manobras contábeis” – sempre negadas pelos governistas – e que passavam a impressão de que nem tudo era claro nas medidas tomadas pela equipe econômica.
Apesar de todo esse esforço, e dos vários road shows feitos pelos integrantes do governo, nada convenceu a agência Standard & Poor’s, que rebaixou a nota brasileira.
O anúncio não podia vir num momento pior. O governo atravessa uma séria crise por conta de denúncias envolvendo a Petrobrás e corre o risco de ver aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dentro do Congresso para investigar essas suspeitas.
Além disso, os problemas de relacionamento com a base aliada viraram um tormento para o Palácio do Planalto. E esse clima só favorece a estratégia crítica dos partidos de oposição, que querem aproveitar o rebaixamento para reforçar suas críticas ao governo, dizendo que seus atos não inspiram confiança. Com tantos problemas para administrar simultaneamente, tudo o que o governo não precisava era de mais uma dor de cabeça a lhe incomodar, especialmente quando o calendário eleitoral se torna cada vez mais presente.
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