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Mau tempo e vastidão da área de busca dificultam localização de destroços do voo MH 370

Equipes varrem uma área quase do tamanho do estado do Mato Grosso 

“Não estamos procurando uma agulha em um palheiro. Ainda estamos tentando achar o palheiro.” Foi assim que o vice-chefe das forças de defesa da Austrália, Mark Binskin, definiu as dificuldades enfrentadas pelas equipes que continuam buscando o voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu há mais de duas semanas. Na segunda-feira, o governo da Malásia afirmou ter certeza que o avião caiu e que ninguém sobreviveu, mas até o momento nenhum destroço foi recuperado – há apenas imagens feitas por satélite de objetos boiando no Oceano Índico.
Nesta terça-feira, as equipes continuaram sem sorte. Autoridades australianas afirmaram que ondas de 20 a 30 metros de altura tornaram perigoso demais enviar navios para a área das buscas, no sul do Oceano Índico. Até doze aeronaves devem voltar à região cerca de 2.500 quilômetros a sudoeste de Perth na manhã desta quarta-feira, informou a Autoridade de Segurança Marítima Australiana. Embarcações da Austrália e da China também devem ser enviadas à área.
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A demora dificulta ainda mais as buscas, porque as correntes oceânicas carregam os destroços para um ponto ainda mais distante de onde foram inicialmente captados. O tempo também corre contra os esforços para encontrar a caixa-preta, que pode conter respostas a várias perguntas sobre o que aconteceu com a aeronave que ia de Kuala Lumpur, na Malásia, a Pequim, na China. As baterias do equipamento só devem durar cerca de duas semanas a partir da sua imersão em água.
O governo da Malásia confirmou nesta terça-feira que a procura está focada numa região a sudeste da Austrália e que dados de satélite permitiram às autoridades restringirem a área a menos de um quarto do tamanho original. Ainda assim, ela possui cerca de 870 000 quilômetros quadrados, uma área quase do tamanho do Estado de Mato Grosso.
As tempestades que forçaram a suspensão das operações nesta terça são comuns na região conforme o inverno se aproxima. “Teremos esse clima intermitente pelas próximas duas ou três semanas. Quando o inverno chegar, será impossível trabalhar”, disse ao jornal o professor de oceanografia australiano Chari Pattiaratchi. “Não seria possível escolher um lugar pior no mundo para o avião cair”, acrescentou. Em comparação com o acidente com o Airbus da Air France, ocorrido em 2009, cujas buscas levaram dois anos, o especialista disse que o caso do voo da Malaysia Airlines “pode demorar ainda mais”.

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