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Radicais ucranianos exigem renúncia de ministro do Interior

Partido de extrema-direita culpa o ministro Arsen Avakov pela morte do ultranacionalista Alexander Muzichko, há três dias 

Os radicais ultranacionalistas do partido Pravy Sektor (setor de direita, em tradução literal) se concentram nesta sexta-feira em frente à Rada Suprema, o Parlamento da Ucrânia, para exigir a renúncia do ministro do Interior, Arsen Avakov, a quem responsabilizam pela morte de um de seus líderes. A Rada prometeu criar ainda nesta sexta uma comissão parlamentar para investigar a morte de Alexander Muzichko, há três dias, em um confronto com a polícia, depois que ativistas do Pravy Sektor ameaçaram invadir a sede do Legislativo.
“É certo, deve-se fazer justiça. Amanhã será criada uma comissão de investigação temporária no Parlamento, da qual farão parte representantes do Pravy Sektor, para esclarecer a morte de Muzichko”, disse o deputado independente Yuri Derevianko. Cerca de 1.500 ativistas do partido ultranacionalista, o braço armado dos protestos contra o presidente deposto Viktor Yanukovich, atacaram na noite desta quinta e o edifício da Rada com os deputados ainda em seu interior e exigiram a renúncia de Avakov.

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Várias janelas foram quebradas e os ultranacionalistas tentaram acessar o interior do edifício, enquanto os deputados debatiam as reformas econômicas exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para a concessão de um empréstimo à Ucrânia. O líder do Pravy Sektor, Dmitri Yarosh, acusou o ministro Avakov de ter começado uma perseguição contra o grupo que se tornou um partido político no fim de semana passado.
“Não podemos observar em silêncio a ação contrarrevolucionária do ministro do Interior da Ucrânia. Exigimos a destituição imediata de Arsen Avakov, a prisão do chefe do corpo especial da polícia e dos responsáveis pelo assassinato” de Muzichko, disse Yarosh aos jornalistas. O ministro do Interior respondeu Yarosh afirmando que sua “postura será dura em relação aos criminosos que violam a ordem com armas nas mãos”. Avakov voltou a investir contra os radicais e os qualificou de “marginais e traidores” por “buscarem desculpas para lutar com armas no centro da capital e não com uniformes militares ucranianos contra os separatistas”.
Muzichko, um dos líderes mais violentos do movimento ultranacionalista, morreu na madrugada da última terça-feira após receber dois disparos no peito quando era detido pela polícia em sua cidade natal, Rivne. Segundo o Ministério do Interior, o ultranacionalista disparou contra o próprio peito quando resistia à prisão, depois que um agente se lançou sobre ele após atingi-lo com dois tiros nas pernas. Momentos antes, o líder nacionalista disparou duas vezes contra um policial.
O líder da extrema-direita ficou famoso na Ucrânia e na Rússia depois que apareceu em vários vídeos na internet. Em um deles, o ativista aparecia com um fuzil Kalashnikov e intimidava os deputados da assembleia regional de Rivne. Em outro, era mostrado agredindo, ameaçando e humilhando o promotor dessa região. O Pravy Sektor foi a principal força de choque dos manifestantes nos trágicos enfrentamentos registrados em fevereiro em Kiev. A formação é uma organização que reúne vários grupos de extrema-direita, entre eles membros de torcidas organizadas de futebol.

Assembleia Geral da ONU – O governo russo chamou de "iniciativa contraproducente" a resolução aprovada na quinta-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que denuncia o referendo na Crimeia e a anexação desta península ucraniana à Rússia. A resolução não vinculante, proposta pela Ucrânia e apoiada pelos países ocidentais, recebeu 100 votos a favor, 11 contrários e 58 abstenções. O Brasil foi um dos países que se absteve em condenar a Rússia. Redigido em termos moderados, o texto não critica explicitamente Moscou. "O grande número de abstenções e de ausentes é um testemunho eloquente da rejeição a uma interpretação parcial dos acontecimentos na Ucrânia", considera o ministério russo.
(Com agência EFE)

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