Síria diz que participará de negociações e admite trégua
Porém, ditador Bashar Assad não está disposto a ceder poder à oposição
Prédios em Alepo, na Síria,
exibem as marcas da guerra
A Síria planeja participar
das negociações internacionais de paz como um meio para chegar a um governo
nacional de "verdadeira cooperação", disse nesta segunda-feira o chanceler
sírio, Walid al-Moualem. No entanto, o ministro de Relações Exteriores disse que
o governo de Bashar
Assad não entregará o poder à oposição.
Moualem disse que deve haver um cessar-fogo se as negociações de fato ocorrerem em Genebra, e que as autoridades em Damasco estão dispostas a discutir mecanismos para monitorá-lo. O chanceler pediu aos vizinhos da Síria para não armar os rebeldes que lutam para derrubar Assad, e disse que a decisão tomada no sábado por países ocidentais e árabes de armar os rebeldes vai prolongar a crise e aprofundar o derramamento de sangue.
"Não vamos a Genebra para entregar o poder ao outro lado", disse Moualem. "O objetivo é estabelecer uma verdadeira associação e um amplo governo de união nacional que inclua representantes de todas as categorias do povo", afirmou. "Se a condição é que o presidente Assad renuncie, não se incomodem em participar. O presidente Assad não renunciará", completou o ministro, em referência à principal reivindicação da oposição.
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