Agência Fitch deve anunciar novo rating do Brasil até o final de julho
Nota do País está atualmente em processo de revisão; até o final desta semana, empresa deverá anunciar um corte nas projeções do PIB brasileiro de 2013
NOVA YORK - A agência de classificação de risco Fitch deve anunciar até o final de julho como fica o rating soberano brasileiro, que está atualmente em processo de revisão, disse a diretora sênior responsável por América Latina na Fitch, Shelly Shetty, com exclusividade ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em Nova York. Além disso, a Fitch deve anunciar até o final desta semana um corte nas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2013, provavelmente para algo em torno de 2,5%, ante 3% da estimativa atual.
A Fitch atribui a nota "BBB" para o Brasil, na categoria grau de investimento e com perspectiva "estável" (o que indica igual chance de o rating ser rebaixado ou elevado). Shelly diz que pela política da agência não pode adiantar o que acontecerá com a nota brasileira no processo de revisão ou mesmo com a perspectiva do rating até que seja divulgado o relatório final, previsto para sair até o final do mês que vêm. Recentemente, a Standard and Poor''s (S&P) rebaixou a perspectiva da nota brasileira para "negativa" e a Moody''s disse que também deve mudar o viés, mas sem revelar para qual nível.
No começo do mês, a executiva da Fitch esteve em Brasília em reuniões reservadas com a equipe da política econômica, inclusive com o ministro da Fazenda, Guido Mantegam e o Tesouro. Mas a agência também não comenta o que foi discutido nestas conversas fechadas.
Sobre os protestos brasileiros, a diretora da Fitch diz que a reação inicial foi de surpresa diante do tamanho das manifestações nas capitais brasileiras, mas ressaltou que ainda é cedo para avaliar impactos nos gastos públicos e nas contas do governo. "Estamos vendo vários governantes indo falar com a presidente e temos que monitorar de perto qual tipo de decisão o governo vai tomar, que políticas vai implementar e que tipo de impacto podem ter na economia", disse. "No caso dos gastos públicos, ainda é muito cedo para falar em impactos e tirar conclusões, pois ainda estamos esperando anúncios mais detalhados de que política vai ser tomada."
Além do Brasil, a Fitch vai reduzir a projeção de expansão econômica para outros países que formam a sigla Bric, que inclui China, Índia e Rússia. Shelly diz que após um período de forte crescimento, os mercados emergentes passam por um momento mais complicado, em um cenário global marcado ainda por crescimento frágil e desigual.
Shelly participou nesta terça-feira, 25, da edição de 2013 da "Conferência Bancária Global", promovida pela Fitch. O evento avalia o setor financeiro e as perspectivas para a economia global e ocorre em nove cidades do mundo, que inclui Nova York, Frankfurt, Hong Kong e Paris.
A executiva ressaltou em sua apresentação que crescimento econômico fraco e dívida dos governos alta está pesando na avaliação de risco soberano da maioria dos mercados emergentes e países em desenvolvimentos. Nos emergentes, apenas oito países estão com perspectiva "positiva" para o rating soberano e a maioria, 11 países, está com viés "negativo", mostra um levantamento divulgado pela Fitch na conferência.
A situação é pior nos países em desenvolvimento, que inclui países da África, América Latina e Ásia, onde nenhum tem perspectiva "positiva" no rating e dez têm viés "negativo". A Fitch não informou o número de países em desenvolvimento e emergentes com perspectiva "estável'', que é o caso do Brasil.
A Fitch atribui a nota "BBB" para o Brasil, na categoria grau de investimento e com perspectiva "estável" (o que indica igual chance de o rating ser rebaixado ou elevado). Shelly diz que pela política da agência não pode adiantar o que acontecerá com a nota brasileira no processo de revisão ou mesmo com a perspectiva do rating até que seja divulgado o relatório final, previsto para sair até o final do mês que vêm. Recentemente, a Standard and Poor''s (S&P) rebaixou a perspectiva da nota brasileira para "negativa" e a Moody''s disse que também deve mudar o viés, mas sem revelar para qual nível.
No começo do mês, a executiva da Fitch esteve em Brasília em reuniões reservadas com a equipe da política econômica, inclusive com o ministro da Fazenda, Guido Mantegam e o Tesouro. Mas a agência também não comenta o que foi discutido nestas conversas fechadas.
Sobre os protestos brasileiros, a diretora da Fitch diz que a reação inicial foi de surpresa diante do tamanho das manifestações nas capitais brasileiras, mas ressaltou que ainda é cedo para avaliar impactos nos gastos públicos e nas contas do governo. "Estamos vendo vários governantes indo falar com a presidente e temos que monitorar de perto qual tipo de decisão o governo vai tomar, que políticas vai implementar e que tipo de impacto podem ter na economia", disse. "No caso dos gastos públicos, ainda é muito cedo para falar em impactos e tirar conclusões, pois ainda estamos esperando anúncios mais detalhados de que política vai ser tomada."
Além do Brasil, a Fitch vai reduzir a projeção de expansão econômica para outros países que formam a sigla Bric, que inclui China, Índia e Rússia. Shelly diz que após um período de forte crescimento, os mercados emergentes passam por um momento mais complicado, em um cenário global marcado ainda por crescimento frágil e desigual.
Shelly participou nesta terça-feira, 25, da edição de 2013 da "Conferência Bancária Global", promovida pela Fitch. O evento avalia o setor financeiro e as perspectivas para a economia global e ocorre em nove cidades do mundo, que inclui Nova York, Frankfurt, Hong Kong e Paris.
A executiva ressaltou em sua apresentação que crescimento econômico fraco e dívida dos governos alta está pesando na avaliação de risco soberano da maioria dos mercados emergentes e países em desenvolvimentos. Nos emergentes, apenas oito países estão com perspectiva "positiva" para o rating soberano e a maioria, 11 países, está com viés "negativo", mostra um levantamento divulgado pela Fitch na conferência.
A situação é pior nos países em desenvolvimento, que inclui países da África, América Latina e Ásia, onde nenhum tem perspectiva "positiva" no rating e dez têm viés "negativo". A Fitch não informou o número de países em desenvolvimento e emergentes com perspectiva "estável'', que é o caso do Brasil.
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