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BC baixa previsão de crescimento do PIB de 2013 para 2,7%

Mercado financeiro vê crescimento um pouco menor, de 2,46%, neste ano.
Ministro da Fazenda, Guido Mantega, vê PIB 'caminhando' para alta de 3%.

O Banco Central baixou nesta quinta-feira (27), por meio do relatório de inflação do segundo trimestre deste ano, sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 3,1% para 2,7%. Em 2012, a expansão do PIB foi de 0,9%.
A previsão do BC para a expansão do PIB de 2013 está um pouco acima do que estima o mercado financeiro, cuja expectativa de alta, feita na semana passada, é de 2,46% para este ano. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira (26) que vê o crescimento da economia brasileira neste ano "caminhando" para uma alta de 3%.
A peça orçamentária deste ano, aprovada pelo Congresso Nacional e revisada pelo governo federal em maio, traz a estimativa de que o PIB de 2013 terá um crescimento da ordem de 3,5%. Entretanto, o próprio ministro Mantega informou que este valor não deverá ser atingido e que deverá ser revisado para baixo em julho deste ano.
Avaliação do BC
"A atividade econômica continua se expandindo e tende a convergir para trajetória de crescimento mais alinhada com o potencial. Indicadores de atividade relativos ao segundo trimestre de 2013 sugerem continuidade desse processo de expansão, sustentado pela retomada do produto industrial, com repercussões sobre o setor de serviços; pelo desempenho da produção agrícola; pela continuidade da expansão do consumo das famílias, favorecida pelos programas de transferência de renda e pelos ganhos de renda real; e pelas perspectivas favoráveis para o investimento", informou o Banco Central no relatório de inflação divulgado hoje.
Medidas de estímulo
No decorrer do ano passado, o governo anunciou uma série de medidas para estimular a economia, como a redução do IPI para linha branca e automóveis, além do corte dos juros básicos da economia, do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios.
O governo também reduziu, no ano passado, o IOF para empréstimos tomados pelas pessoas físicas, deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, que já conta com mais de 40 setores beneficiados, liberou mais crédito para os estados, anunciou um programa de compras governamentais de R$ 8,4 bilhões, e também tomou medidas de defesa da concorrência.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou ao G1 no fim do ano passado que, após as medidas de estímulo anunciadas no ano passado, 2013 será um "ano de colheita" em termos de crescimento do PIB. Para crescer mais neste ano, integrantes do governo têm avaliado que é importante estimular os investimentos na economia brasileira.
Inflação
No mesmo relatório, o Banco Central elevou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza o sistema de metas de inflação do governo brasileiro, para os anos de 2013 e 2014.
Para este ano, a estimativa se aproximou mais da marca dos 6%. Se confirmado, será o terceiro ano consecutivo no qual o IPCA fica próximo deste valor. Em 2011, superou bem a barreira dos 6%, atingindo 6,5% (no teto do sistema de metas de inflação) e, no ano passado, ficou e, 5,84%.

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