Clérigo do Vaticano é preso em investigação sobre corrupção
Monsenhor Nunzio Scarano ajudou amigos a levar milhões ilegalmente à Itália
Sede do Banco do Vaticano
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Ele foi preso em uma paróquia da periferia de Roma e levado para uma prisão da capital italiana, disse o advogado Silverio Sica. Também foram presos na investigação Giovanni Maria Zito, ex-agente dos serviços secretos internos italianos (AISI), que já tinha sido destituído há alguns meses de seu cargo, e Giovanni Carinzo, um intermediário financeiro.
Sica disse que Scarano foi acusado de envolvimento numa tentativa de ajudar amigos a levar 20 milhões de euros (26 milhões de dólares) da Suíça para a Itália de avião, em conluio com o agente do serviço secreto e o intermediário financeiro.
Vaticano - A Santa Sé anunciou nesta sexta-feira que não recebeu pedido algum das autoridades italianas sobre os três detidos na investigação das irregularidades na gestão do chamado banco do Vaticano - entre eles Scarano -, "mas confirma sua disponibilidade a uma plena colaboração".
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou que já sabia que o monsenhor Nunzio Scarano havia sido suspenso do serviço de Administração do Patrimônio da Sede Apostólica (APSA), a entidade que administra o imenso capital imobiliário do Vaticano. Scarano foi suspenso depois que foi divulgado que a Promotoria de Salerno o investigava por lavagem de dinheiro. Nessa investigação, ele teria justificado cheques, num total de 580.000 euros, como doações de origem pouco clara.
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