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Financial Times sugere reforma fiscal para acalmar protestos


Para jornal, alta carga tributária para financiar serviços públicos de baixa qualidade é problema que pode ser resolvido com a simplificação do sistema de impostos


São Paulo - Manifestantes fazem protesto na Avenida Paulista
São Paulo - Manifestantes fazem protesto na Avenida Paulista 

O jornal Financial Times voltou a abordar o tema dos protestos no Brasil nesta sexta-feira. O blog Beyondbrics, escrito por correspondentes que cobrem os mercados emergentes, sugeriu, em artigo, que o país leve adiante uma feroz reforma fiscal, há muito tempo postergada, para tentar acalmar os ânimos dos manifestantes. "Um governo que recolhe um terço do PIB em impostos tem de conseguir prover um bom padrão de serviço de saúde, educação, transporte, segurança e mais. E por tudo isso os brasileiros pagam em dobro: uma vez em impostos e outra para o setor privado", informa o blog.


O FT reconhece que não é difícil entender as razões do descontentamento dos brasileiros. "O que é difícil entender é por que eles, aparentemente, se mostraram tão felizes em pagar impostos no mesmo patamar da Grã-Bretanha e, em retorno, receberem serviços no padrão, bem, do Brasil".

O Beyondbrics reproduziu a lista de impostos intrínseco nos produtos e serviços no país e afirmou que o fato de a tributação não ser claramente detalhada no momento da compra faz com que os brasileiros percam a noção do quanto, realmente, pagam. "Consertar esse imenso e complexo sistema tributário poderá arrancar a produtividade da economia brasileira".

"Nossa proposta é que qualquer produto vendido no Brasil tenha exposto, de forma clara e visível, o imposto total embutido no preço", diz o jornal.


O blog, contudo, desconhecia a informação de que a lei que prevê a discriminação de impostos na nota fiscal foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff no final de 2012 e acaba de entrar em vigor. Contudo, como ainda falta a regulamentação de alguns pontos, poucos estabelecimentos vem cumprindo a determinação.

Pouco tempo depois de publicar o artigo, o FT reconheceu que desconhecia a informação sobre a nota fiscal.

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