Teori inclui provas de relação entre Lula e Esteves em denúncia no STF
No pedido enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot aponta o "relacionamento estreito" entre o banqueiro do BTG Pactual e o Instituto Lula
A ordem de Teori inclui na denúncia trechos da delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS), que também foi denunciado por envolvimento no mesmo caso. Delcídio afirmou, nos termos de colaboração, que Esteves é um dos principais mantenedores do Instituto Lula, responsável por organizar as palestras do ex-presidente.
De acordo com o ex-senador, a relação de Esteves com Lula se deve ao fato de o ex-presidente ter sido um dos principais apoiadores dos negócios do BTG, e que Lula era um "alavancador eficaz" de negócios para agentes econômicos no Brasil e no exterior. No pedido enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a Teori, Rodrigo Janot aponta o "relacionamento estreito" entre o banqueiro e o Instituto Lula.
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Além de Lula, Delcídio e Esteves, também foram denunciados no mesmo procedimento o assessor do ex-senador, Diogo Ferreira, o ex-advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, o ruralista José Carlos Bumlai, e seu filho, Maurício Bumlai. Todos são acusados de tentativa de obstrução à Justiça ao tentar evitar que Cerveró fizesse delação premiada no âmbito da Lava Jato.
Na decisão, Teori também juntou o trecho da delação de Delcídio sobre Lula e Esteves no inquérito da Lava Jato que investiga parlamentares e operadores do esquema de corrupção por formação de quadrilha. Há um pedido pendente para que o ex-presidente também seja incluído neste inquérito.
As informações do ex-senador sobre o caso também foram atreladas às investigações no Supremo e na 13ª Vara Federal de Curitiba, conduzida pelo juiz Sergio Moro, sobre o embandeiramento dos postos BR. O caso envolve, além de Esteves, o empresário Carlos Santiago, investigados na primeira instância, e o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), que tem foro privilegiado.
(Com Estadão Conteúdo)
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