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Manifestantes protestam e montam acampamento na vizinhança de Temer

Grupo liderado pelo movimento dos sem-teto realizou passeatas em São Paulo e no Rio de Janeiro e terminou a noite acampado nas cercanias da residência do presidente interino

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) protestam nesta quinta-feira contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) protestam nesta quinta-feira contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff(Divulgação/Facebook Movimento dos Trabalhadores Sem Teto .
Um grupo de cerca de 3.000 manifestantes, liderados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), realizou um protesto na tarde deste domingo na região da casa do presidente em exercício, Michel Temer, no bairro de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Temer, entretanto, já havia deixado a capital paulista rumo a Brasília quando os manifestantes se aproximaram de sua residência.
O acesso ao perímetro da rua Bennet e da Praça Conde de Barcelos, onde ele mora, foi bloqueado pela Polícia Militar. Um grupo menor ainda tentou negociar - sem sucesso - com o comando do policiamento para se aproximar da casa do presidente interino. Segundo a assessoria de comunicação da PM, a decisão de interditar as vias foi tomada em conjunto pela polícia e pela segurança do presidente.
Os manifestantes decidiram, então, cercar os acessos à praça. "É ilegal, o nosso direito de livre manifestação está sendo cerceado, independentemente de quem veio a ordem. Nós ficaremos aqui, a rua dele está cercada, até que haja posicionamentos em relação a tudo que nós viemos trazer aqui hoje", disse o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, um dos organizadores do ato, que se queixava de eventual contingenciamento de recursos para programas habitacionais.
Boulos voltou a afirmar em discurso que os movimentos sociais não darão trégua ao governo Temer. "Não tem arrego. Ou Temer sai, ou não vai ter sossego", cantava o ativista do alto de um caminhão de som.
À noite, parte dos manifestantes decidiu montar um acampamento no perímetro da casa.
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) acompanhou o ato. "É o governo dos bancos, dos ricos e dos investigados. É por isso que mesmo afastado o (Eduardo) Cunha continua mandando na Câmara. Vamos tirar este governo ilegítimo, imoral e impopular", disse o parlamentar.
Rio - Pela manhã, também foi realizado um ato contra Temer nas imediações da igreja da Candelária, no Centro, com a participação de movimentos sociais e sindicais. Os deputados federais Chico Alencar (PSOL-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) participaram do protesto.
Os organizadores do ato pretendiam protestar no mesmo dia da inauguração do primeiro trecho do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), construído como parte do projeto de revitalização da zona portuária, mas o evento foi adiado pela prefeitura.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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