Governo organiza encontros com investidores para venda de ativos estatais
Moreira Franco e José Serra liderarão roadshows, que podem ocorrer em Nova York, Londres e outros centros financeiros
Segundo o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Wellington Moreira Franco, uma rodada dos chamados roadshows é considerada como passo necessário para divulgar os ativos e a estrutura legal e regulatória por trás do programa. Ele não deu um cronograma nem disse quais ativos serão vendidos.
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A lista de ativos prontos para venda ainda está em produção. O governo do presidente interino, Michel Temer, quer vender fatias majoritárias na unidade de distribuição de combustíveis da Petrobras e na elétrica Furnas, e algumas das instalações operadas pela Infraero, acrescentaram as fontes.
Moreira Franco disse que a meta do programa é ajudar a criar empregos no momento em que o Brasil enfrenta recessão econômica e queda de preços de commodities. Além disso, o plano pode ajudar o país a levantar recursos extras para reduzir o déficit que a maior parte dos economistas prevê que irá superar 10% do Produto Interno Bruto neste ano.
"É hora de acabar com o monólogo do governo e começar a construir soluções com nossos parceiros", disse Moreira Franco no fim de sexta-feira, acrescentando que o modelo legal e de investimentos será projetado de forma que potenciais ofertantes "se sintam seguros e confiantes".
A autoridade de investimentos do Catar, Abu Dhabi Investment Co PJSC, e a Mubadala Development Co PJSC estão entre os fundos soberanos convidados para comparecer aos roadshows, disseram três das fontes. Empresas de investimentos canadenses e companhias de infraestrutura europeias também foram contatadas, acrescentaram as mesmas fontes.
Moreira Franco não quis dar uma estimativa de quanto o governo pode arrecadar com vendas de ativos, embora duas das fontes tenham dito que os recursos podem variar entre 10 bilhões e 20 bilhões de dólares nos dois próximos anos.
Alguns dos maiores bancos de investimento que operam no Brasil também comparecerão às reuniões, muitos deles representando potenciais compradores, acrescentaram as fontes.
(Com agência Reuters)
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